domingo, 31 de dezembro de 2017

2.273 - MEUS SENTIDOS DETECTARAM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 31 12 017 – música:


Meus sentidos detectaram
Há algo estranho no ar
Que seres de outros mundos
Viriam nos visitar
Mas pra poder recebe-los
Temos que nos preparar.

Venho a todos informar
Que não é premunição
O que estou aqui narrando
Não foi sonho nem visão
Nem estudos científicos
É apenas intuição.

Do jeito que as coisas vão
Tudo pode acontecer
Com o avanço da ciência
Transformações vão haver
Coisas sem explicações
Quem tiver vivo vai ver.

Com certeza o novo ser
Que virá de outro mundo
De porte agigantado
Conhecimento profundo
Superior aos terrestres
De um sentimento fecundo.

Este povo oriundo
Doutro sistema estrelar
Com poder absoluto
Vai a terra governar
Com habilidade e força
O planeta dominar.

Quando ele vai chegar
Inda não tem data certa
Ser humano que se cuide
Não fique de boca aberta
Como mensageiro estou
A todos fazendo alerta.

Ainda com data incerta
Está tudo planejado
Vem botar ordem na casa
Arrumar o desarrumado.
Quem o desobedecer
Muito será  castigado.


O mal não será poupado
Nem há pra onde fugir
Errou terá de pagar
Não haverá ir nem vir
Temos que obedecer
Sem poder ficar nem ir.

Ele é quem vai decidir
Qual será nosso futuro
Temos que estar para tudo
Não fique em cima do muro
O preço é muito alto
Eo caminho está escuro.

Eu sei que é muito duro
Isto eu ter eu que dizer
Meus sentidos detectaram
O que vai acontecer
Pois livre-se quem puder
Se não quiser perecer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.272 - O JEITO É ME CONFORMAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 31 12 2017 e música;


Eu não sei porque razão
Eu tenho sofrido tanto
Crescer é minha ambição
Mas eu não saio do canto
Pois eu tudo tenho feito
Parece coisa sem jeito
Não consigo enricar
Quando penso que acerto
Outra vez que não dar certo
O jeito é me conformar.

Nunca fico sem emprego
Trampo muito ganho pouco
Preciso dum descarrego
Pra evitar de ficar louco
Quanto mais que eu trabalho
Muito mais me atrapalho
Não consigo acertar
Será que sou azarado
Faço certo sai errado
O jeito é me conformar.

Sou um cara trabalhador
Não paro nenhum segundo
Do dever sou cumpridor
Não tenho nada no mundo
Pois na casa que eu moro
Ao entrar nela eu choro
Não há em que tropeçar
Nela só existe pobreza
Uma coisa tenho certeza
O jeito é me conformar.

No trabalho dou o duro
Preguiça eu não conheço
Sou um cara sem futuro
Ser feliz eu não mereço
Como é ruim viver assim
O destino é contra mim
Sequer eu posso sonhar
Não tenho sorte com a sorte
O meu futuro é a morte
O jeito é me conformar.

Não tenho sorte com jogo
Com bingos nem loterias
Parece que há um fogo
Queimando as economias
Quando eu peço ajuda

Não há ninguém que me acuda
Até manda me lascar
Se a riqueza tem preço
Na pobreza só padeço
E o jeito é me conformar.

Por eu não ter o dinheiro
Comprar o que quero não posso
Eu luto feito um guerreiro
No fracasso me alvoroço
Enquanto aumento a idade
Busco a felicidade
Inda não pude encontrar
Não sei onde ela mora
Se eu não acha-la agora
O jeito é me conformar.

Eu sou um cara doente
Vivo gemendo de dores
Dizem que sou imprudente
Por não procurar doutores
Como quero ficar bom
Somente usando o meu dom
Não poderei me curar
Se versando a dor não passa
Vivendo com esta desgraça
O jeito é me conformar.

A seca aqui está grande
A chuva não quer chegar
Enquanto a crise se expande
Vou tentando amenizar
Busco daqui e dali
Vou ficando por aqui
Até o inverno voltar
Driblando a própria sorte
Enquanto não chega a morte
O jeito é me conformar.

Eu sou um cara valente
Cumpridor do meu dever
Por me sentir persistente
Um dia eu vou vencer
Pois quando chegar o inverno
Mando a crise pro inferno
E a bonança vai chegar
Quando vier dou amém
Mas enquanto ela não vem
O jeito é me conformar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 17 de dezembro de 2017

2.271 - COIVARA DE POESIAS.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 6 122017 e música:


Sou Erivaldo Alencar
Cordelista brasileiro
Sou filho de Acopiara
Nascido no Comboeiro
Cearense cabeça chata
No verso um aventureiro.

O meu pai foi violeiro
Vivia de cantorias
Sou poeta polemista
Versejo todos os dias
Com papel e caneta faço
Coivara de poesias.

Eu junto um verso daqui
Outro eu trago de lá
Busco daqui e dali
De lá eu trago pra cá
Versando à minha maneira
Ninguém me reclamará.

Cada garrancho de versos
Junto com muito cuidado
Acumulo na coivara
Ada poema rimado
Boto fogo na coivara
Cai versos pra todo lado.

Minha roça de poesias
Botei fogo e queimou bem
Mas ficou alguns garranchos
Que atrapalham e não convém
Então vou fazer coivaras
Com os garranchos que tem.

Com a caneta e papel
Faço poesia rara
Tristeza desaparece
Minha inspiração não para
As portas se abrem pra mim
E a minha doença sara.

Tenho o dom da poesia
Versejo todos os dias
Meu trabalho é fazer versos
E transmitir alegrias
Levo minha vida fazendo
Coivara de poesias.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

2.270 - NASCI PARA SER VAQUEIRO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 10 12 2017 e música:


Eu nasci lá no sertão
Nas terras do Comboeiro
O meu pai foi cantador
E político brasileiro
Conheço a vida do campo
Pois nasci pra ser vaqueiro.

Derrubei boi mandingueiro
Nas quebradas do sertão
Campeei gado no mato
Montado no alazão
Uniformizado de
Perneira, chapéu gibão.

Nasci pra ser campeão
Na profissão de vaqueiro
Cortei melosa no peito
Escalei despenhadeiro
Fiz molambo torcer
Na soca do marmeleiro.

Botei cabras no chiqueiro
E o gado no curral
Eu peguei carneiro brabo
No campo de bomborral
Botei careta e chocalho
Em touro no matagal.

Cedo eu ia pro curral
Para as vacas desleitar
Soltava um aboio saudoso
Antes do leite tirar
Leite mugido na hora
Eu costumava tomar.

Eu nasci pra campear
A criação na campina
Enfrentando o sol quente
A poeira e a neblina
A noite eu descansava
Nos braços duma menina.

Desde cedo cumpro a sina
Trabalhar pra fazendeiro
Nunca deixei boi no mato
No campo sou o primeiro
Amo minha profissão
Pois nasci pra ser vaqueiro.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.269 - EU NASCI PRA SER POETA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 07 12 2017 e música:


Eu nasci pra ser poeta
Nordestino cordelista
Não nasci pra ser profeta
Nem cantador repentista.

Na arte de versejar
Me considero um artista
Sem tocar e sem cantar
Mas eu não saio da pista.

Eu gosto muito de ler
Muito mais de escrever
A poesia correta.

Não nasci para ser crítico
Nem pra doutor nem político
Eu nasci pra ser poeta.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

2.268 - QUE ADIANTA SONHAR.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra: 05 12 2017 e música;

Que adianta sonhar
Em ter um mundo melhor
Se cada dia que passa
O mundo fica pior.

Para o mundo melhorar
Eu tenho feito o possível
Já percebi que sozinho
Isto será impossível.

Não adianta eu querer
Mudar o mundo sozinho
Sozinho não tenho forças
Força não é o caminho.

Precisa que nos unamos
Buscando um plano perfeito
Com um só objetivo
Fazer só o que for direito.

Na luta por igualdade
Do bem sermos defensores
Da violência e dos males
Sagazes destruidores.

Ter paz pra buscar a paz
Levar paz ao mundo inteiro
Sem violar o direito
Nem pensar só em dinheiro.

Buscar sempre fazer o bem
Ter no peito o Salvador
Plantar em seu coração
A semente do amor.

Combater a violência
Sem usar a violência
E amando ao nosso próximo
Com carinho e paciência.

Viver num mundo melhor
Justo e despreocupado
Em paz comigo e com os outros
É o que mais tenho sonhado.

Que adianta sonhar
E sonhar só por sonhar
Vejo que não tenho como
Meus sonhos realizar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.