terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

2.139 - JAMAIS VAI SER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra:

Quem não nasceu pra cantar
Jamais vai ser cantador
Quem não escreve nem ler
Jamais vai ser escritor
Quem não nasceu pra pescar
Jamais vai ser pescador.

Quem nasceu para a cangalha
Jamais vai ser bom de cela
Quem nasceu para ser feia
Jamais vai poder ser bela
Jamais há casa há porta
Mas tem casa sem janela.

Todo pau que nasce torto
Jamais vai desentortar
Aquele que diz verdades
Jamais precisa jurar
Quando não se perde nada
Jamais nada vai achar.

Quem nasce para ser burro
Jamais vai ser professor
Aquele que não estuda
Jamais irá ser doutor
Quem não nascer para a bola
Jamais vai ser jogador.

Quem tem medo de espinhos
Jamais vai ser bom vaqueiro
Quem tem medo de altura
Jamais vai ser bom pedreiro
Quem nascer nos exterior
Jamais vai ser brasileiro.

Quem tem medo de perder
Jamais vai ser ganhador
O cara que é preguiçoso
Jamais vai ser trabalhador
Aquele que não se arrisca
Jamais vai ser perdedor.

Aquele que dar os pobres
Jamais será ressarcido
Aquele que só faz o mal
Jamais vai ser esquecido
Quem crime não praticar
Jamais irá ser punido.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.138 - NÃO MEREÇO.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 28 02 2017 e música:


Preciso urgentemente
Arranjar um grande amor
Pra eu poder esquecer
O meu passado de dor.

A mulher que eu tanto amei
Com o tempo me enjoou
Criou asas foi embora
Com outro e me deixou.

Eu a amei loucamente
Ela fingiu me amar
Um amor com fingimento
Aos poucos pode acabar.

Foi isto que aconteceu
Ela abandou meu ninho
Ela nos braços de outro
E eu aqui tão sozinho.

Buscarei no impossível
Remédio pra minha dor
Quero amar e ser feliz
Deixar de ser sofredor.

Eu quero esquecer pra sempre
Aquela ingrata mulher
Não vou mais derramar lágrimas
Por alguém que não me quer.

O meu peito está ferido
Meu coração traspassado
Por alguém sem coração
O meu eu foi desprezado.

Tudo o meu sofrimento
Somente a ela agradeço
O castigo que me deste
Eu pago, mas não mereço.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.137 - EU GOSTO DE VIAJAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 28 02 2017 e música:


Sou um cara muito simples
Que gosta de viajar
Conhecer outras pessoas
Outros lugares visitar
Andar por terras estranhas
Sem ter data pra voltar.

Conhecer novas paisagens
E a vida de mundo afora
Percorrer por novos campos
E ver flores doutra flora
Viajar sobre o futuro
Deixar pra trás o outrora.

Pra conhecer outras faunas
De diferentes animais
Outras nuvens outros céus
E espaços siderais
Outros costumes e músicas
E até meus ancestrais.

Para conhecer a vida
Como era no passado
Outros povos e culturas
Como se ganhava o bocado
As terras de onde vieram
O povo escravizado.

Para conhecer de perto
Outras civilizações
Como e onde se formaram
Muitas das religiões
As ruínas provocadas
Por guerras e revoluções.

Gosto viajar sem pressas
Andar noutros horizontes
Conhecer rios e lagos
Grandes serras e altos montes
Pegar tigres com as mãos
E amansar rinocerontes

Viajando eu sou feliz
Jamais me sinto cansar
Transformo-me totalmente
Não paro pra descansar
Faço excursões porque
Eu gosto de viajar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

2.136 - UM POETA SEM CARTAZ.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 24 02 2017 e música:


Estou muito revoltado
Com o que acontecendo
Por sentir-me abandonado
Há muito estou sofrendo.
Sou poeta escritor
Mas não me dão o valor
Que eu acho ser capaz
A tristeza me tomou
Tudo isto porque sou
Um poeta sem cartaz.

Nasci lá num pé de serra
Nas brenhas no meio da mata
Onde a natureza encerra
Lindo luar cor de prata
Lugar melhor eu não vejo
Sou matuto sertanejo
Se deixando tudo faz
O tédio me aprontou
Tudo isto porque sou
Um poeta sem cartaz.

Aos quase cinquenta anos
Eu descobri este dom
Entre plano e desenganos
Versejar eu acho bom
Eu escrevo no compasso
E gosto tudo que faço
No verso eu busco a paz
Que mais me desanimou
Foi eu descobrir que sou
Um poeta sem cartaz.

O prefeito da cidade
Inda não me deu a mão
A falta de oportunidade
Me deixa constrangido então
Sonho muito em crescer
Mas não sei como fazer
Pois a pobreza me traz
O pão que o diabo amassou
Tudo isto porque sou
Um poeta sem cartaz.

Meu blogger de poesias
Está sendo acessado
Verifico todo dia
E tenho observado
Os meus não me dão valor

Somente no exterior
Uma alegria me faz
A terra que me gerou
Me fez descobrir que sou
Um poeta sem cartaz

Eu tenho que ir embora
Porque aqui sou inútil
Eu irei buscar lá fora
Uma forma de ser útil
Vou tentar sair do encalho
Pra divulgar meu trabalho
E assim versar em paz
Minha terra me abandonou
Porque acha que eu sou
Um poeta sem cartaz.

Sei que não sou o maior
Isto eu sou sabedor
Também não sou o menor
Mostro que tenho valor
Posso ser aproveitado
Produzir bom resultado
Em tudo que sou capaz
Minha vida se transformou
Depois de saber que sou
Um poeta sem cartaz.

Existe uma maneira
De poder me ajudar
Só não sei se a vida inteira
Eu vou poder esperar
Minha idade tá aumentando
Minha vida encurtando
E eu ficando incapaz
Pois o mundo me ensinou
Que eu reconheça que sou
Um poeta sem cartaz.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

2.135 - JESUS É O NOSSO PERDÃO.


Letra: 20 02 2017 e música:


Jesus Cristo é o caminho
É a verdade é a vida
Misericórdia e carinho
Amor e graça prometida.

Pois ninguém não vai ao pai
Há não ser se for por Ele
Quem na sua graça vai
Contará com a bênção Dele.

Jesus Cristo é salvador
É vitória é amor
Filho de Deus e nosso irmão.

Quem tá com Ele é feliz
É o que a Bíblia diz
Jesus é o nosso perdão.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

2.134 - O POVO TÁ CONTENTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 02 2017 e música:


São quase nove da noite
Está na hora de dormir
Suave a brisa faz açoite
Porém eu tenho que ir.

O céu está bem nublado
As estrelas se esconderam
O trovão está parado
Os sapos apareceram.

A lua ninguém não ver
Tá bonito pra chover
Natureza sorridente.

Lua com toda candura
Perdeu-se na noite escura
Mas o povo tá contente.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.133 - LOUVANDO NOSSO SENHOR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 19 02 2017 e música:


Se eu morasse lá na roça
Com a chuva que caiu
Sairia da palhoça
Como homem varonil.

Com o enxadeque na mão
No bisaco a semente
Fazia a cova no chão
Semearia urgente.

Depois da planta fechar
Antes da noite chegar
Abraçaria meu amor.

Diante da grande selva
Me deitaria na relva
Louvando nosso senhor.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.132 - A CHUVA TRÁS RIQUEZA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra:  19 02 2017 e música:


Com a chuva que Deus mandou
Alegrou a natureza
O calor amenizou
Está caindo frieza.

A terra está molhada
Propícia pra se plantar
População animada
Pois tudo vai melhorar.

Manto verde vai cobrir
E as plantas vão florir
O inverno trás certeza.

O homem da agricultura
Já sonha com a fartura
Pois a chuva trás riqueza



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.131 - VIDA EM COMUNHÃO.

Autor: erivaldo Alencar.

Letra: 19 02 2017 e música:

Já tenho sessenta e oito
Tenho muito que dizer
Vivi momentos felizes
E outros com desprazer
Fiz muito, mas inda falta,
Muita coisa por fazer.

Olho pro mundo e vejo
Terríveis desigualdades
Pra uns sobrando riquezas
Outros com necessidades
Uns em cabanas no campo
Outros em mansões nas cidades.

Muitos vivem nas favelas
Sem ter condições de vida
Só vivem por teimosia
Numa barraca espremida
Longe da sociedade
Numa existência oprimida.

Outros vivem nas cidades
Em garboso apartamento
Com sua mesa tão farta
Com bebida e alimento
Carro novo e dinheiro
Bem longe do sofrimento.

Queria ter condições
Pra sanar este problema
Ajudar a quem precisa
E mudar todo sistema
E de uma vez por toda
Acabar com este dilema.

Formando comunidades
E de forma coletiva
No trabalho comunitário
Numa sociedade viva
Gerando emprego e renda
E ter uma vida ativa.


Juntos fazer as tarefas
Com amor sem confusão
Todos por um, um por todos,
Na mais perfeita união
Sem ganância e sem problemas
Numa vida em comunhão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.130 - TRABALHO TODO DIA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 18 02 2017 e música:


Também sou filho de Deus
Preciso sua bênção
Ouvindo os pedidos meus
Como diz meu coração.

Preciso ganhar dinheiro
Para poder enricar
Urgente muito ligeiro
Pois ser pobre assim não dar.

O meu dinheiro é pouco
Eu só falto ficar louco
Pra ganhar uma ninharia.

Amigo pra ser sincero
Para comprar o que quero
Eu trabalho todo dia.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

2.129 - DINHEIRO NÃO VALE NADA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 17 02 2017 e música:

Tem gente que é sortudo
O dinheiro corre atrás dele
Eu corro atrás do dinheiro
Mas, não consigo pegar ele.

Tem muita gente que diz
Que dinheiro não vale nada
Na busca dele estas pessoas
Se metem em cada arroubada.

Dinheiro pra mim só serve
Pra comprar o que preciso
Mas quando ele me falta
Só falto perder o juízo.

Todos precisamos dele
Para os remédios comprar
Gastar em nossos passeios
Pra nossas contas pagar.

O dinheiro não é tudo
Mas tem imenso valor
Quem tenta viver sem ele
Vive a vida de horror.

O dinheiro paga o médico
Pra ele nos receitar
Paga as contribuições
Pra gente se aposentar.

Paga planos de saúde
O professor a escola
Paga ofertas e dízimo
Livro caneta e cola.

As roupas que nós usamos
O relógio e o calçado
Água luz e aluguel
E o que compramos fiado.

Nós trabalhamos pra ter
O dinheiro pra gastar
Os que não trabalham vivem
De roubar e assaltar.

Tem gente que pede esmola
Na rua e na alçada
Mentira de quem disser
Que dinheiro não vale nada.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

2.128 - SEM DINHEIRO ESTOU LASCADO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 16 02 2016 e música:


Estou muito aborrecido
Por não conseguir vender
Se não vender estou perdido
Pois não vou poder comer.

Sem dinheiro pra comprar
Arroz feijão macarrão
Sem crédito no comércio
Adeus alimentação.

Não sei mais o que fazer
Pois não consigo vender
O comércio tá parado.

Sem ganhar nada não dar
Como vou me sustentar
Sem dinheiro estou lascado.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.127 - SENTADO NA PRAÇA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 16 02 2016 e música;


Eu vim trabalhar com fé
Embora desiludido
Vim vender meu picolé
Disposto e prevenido.

O povo em movimento
Meu Deus que tanta loucura
O transito violento
E o som a toda altura.

Ouço moto buzinando
Os carros aqui passando
Palhaço fazendo graça.

Gente na loja comprando
Um vagabundo roubando
E eu sentado na praça.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.126 - POETA TAMBÉM SABE AMAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 16 02 2017 e música:


O poeta é o narrador
Que escreve tudo que quer
Alegria tristeza e dor
Da forma que convier.

Agrada uns outros não
Está sempre em evidência
Invasor de coração
Tem ódio e paciência.

Fala mentira e verdade
Cria com capacidade
Faz o povo acreditar.

Entre ais ódio e dor
No coração tem amor
Poeta também sabe amar.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.125 - JESUS NOS DÁ O PERDÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 16 02 2017 e música:


Eu sou a voz da mentira
Jesus a voz da verdade
No peito eu trago a ira
Jesus a fraternidade.

Eu sou o filho do mundo
Jesus o filho de Deus
Eu no pecado me afundo
Jesus recolhe os seus.

Eu sou o destruidor
Jesus nosso salvador.
Nos ama sem distinção.

Eu sou plantador do mal
No reino celestial
Jesus nos dá o perdão.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

2.124 - NÃO SEI.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 14 02 2017 e música:


Sou filho da natureza
Mas não sei se eu nasci
Morei em muitos lugares
Em nenhum deles vivi
Existo mas não existo
Se existo me esqueci.

Se nasci ou fui gerado
Disto ainda eu não sei
Onde nasci ou não nasci
Nem pra mim mesmo direi
De onde vim pra onde vou
Não sei se descobrirei.

Minha vida não é vida
Nela vivo por viver
A alegria que é boa
Ainda estou pro saber
Se vivo ou vegeta a vida
Ninguém veio me dizer.

Vida que quero viver
Pra mim é desconhecida
Como e onde buscar
A vida comprometida
Como que posso viver
Se não sei se tenho vida.

Dizem que eu tenho vida
Como que posso provar?
Não sei se sou ou já fui
Só tenho que indagar
Ou se ainda eu vou ser
Se não sei me identificar.

Talvez se me beliscarem
Vou sentir o beliscão
E se caso não sentir
Continuo na ilusão
Vivo ou deixo de viver
Esta a maior questão.

Quem vive a vida se enxerga
Não sei se já me enxerguei
Para mim tudo é dúvida
Quando e como saberei
Se fui ou sou ou serei
Eu garanto que não sei.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

2.123 - APOSENTADORIA É O COMEÇO DO FIM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 12 02 2017 e música:


Primeiro somos gerados
Depois vem o nascimento
Criança e adolescência
Na fase de crescimento
Juventude e fase adulta
Depois o envelhecimento.

Depois que a gente nasce
A vontade e crescer
Para se tornar adulto
E adquirir o poder
Para ter a liberdade
Para o que quiser fazer.

Muitos planos são traçados
Para toda vida inteira
Buscando alcançar conquistas
Subindo descendo ladeira
Pra chegar aonde quer
Enfrenta qualquer barreira.

Logo busca um emprego
Pra começar trabalhar
Pra fazer sua vontade
Tem que dinheiro ganhar
Com responsabilidade
Sua família sustentar.

Com o ganho no trabalho
Tenta economizar
Enfrentando os desafios
Na esperança de enricar
Pagando contribuições
Pra poder se aposentar.

Mas quando chega a idade
Busca aposentadoria
Receber sem ter trabalho
Sua maior alegria
A grana do benefício
É quem lhe dá garantia.

Poder se aposentar
É nosso direito sim
Mas deixar de trabalhar
Trás conseqüência ruim
Pois aposentadoria
É o começo do fim.

Tem gente que se aposenta
E deixa de trabalhar
Sentado numa cadeira
Pernas começam inchar
As juntas logo endurecem
Impedindo de andar.

Fortes dores aparecem
No corpo e em toda parte
Reumatismo toma conta
E corre risco de enfarte
Dormindo de boca aberta
As moscas fazendo arte.

Também sou aposentado
Mas inda trabalho sim
Pra aqueles que não trabalham
Volto repetir assim
Pois aposentadoria
É o começo do fim.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

2.122 - SEI QUE NÃO SOU, MAS POSSO SER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 11 02 2017 e música:


Somente hoje descobri
Que não sou que pensava ser
Foi muito bom assim saber
Não foi pra ser que eu nasci
Só de sonhos tenho vivido
Mas do mundo sou esquecido
Pois não tenho utilidade
Para mim o mais lamentável
É saber que sou descartável
No seio da sociedade.

Estou cansado das promessas
Que fizeram e não cumpriram
Propositalmente mentiram
Pra que o tolo caísse nessas
Fui infeliz por confiar
Em quem prometeu ajudar
Dando-me oportunidade
Por recompensa não fui lembrado
E brutalmente fui trocado
Por alguém sem capacidade.

Reconheço que sou pequeno
Inda assim tenho meu valor
Não imaginam tamanha dor
Peço água e me dão veneno
A sociedade não me ver
Que faço jamais quer saber
Por pequenos sou reconhecido
Minha aparência ao mundo desgosta
Infelizmente ninguém aposta
Em quem na vida foi vencido.

Que adianta ouvir elogios
Das marcas deixadas no passado
No presente me achar de lado
Inútil pra enfrentar desafios
Eu já perdi a esperança
De me atribuir confiança
Pra qualquer trabalho exercer
Sou capaz e afirmo sim
Se não confiarem em mim
Nada útil poderei fazer.

Estou aqui no meu barraco
Esperando que alguém me veja
O que este poeta mais deseja
Não é tá preso neste buraco
Quero ser útil e produzir

Alguém que em eu investir
Jamais irá se arrepender
Quero provar pra minha terra
Que quem nasceu num pé de serra
Se deixar também sabe fazer.

Sem uma oportunidade
Não saberão que sou capaz
Estou perdendo minha paz
Por falta de credibilidade
Não quero lugar de ninguém
Eu só quero me sentir bem
Fazendo aquilo que sei fazer
Mostrando minha habilidade
E dizer pra sociedade
Sei que não sou, mas posso ser.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

2,121 - O FARDO QUE CARREGO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 10 02 2017 e música.


Cada passada que dou
Buscando vida melhor
É uma passada perdida
Tornando a vida pior
Invés de diminuir
Meu sofrer fica maior.

Tou me sentindo menor
Diante do meu fracasso
Os meus sonhos são em vão
Em tudo me embaraço
Por mais que eu busco só somo
Derrotas em cada passo.

Meu Deus o que é que faço
Pra me tornar vencedor
Preciso da tua ajuda
Misericórdia Senhor
Não olhe pra minhas faltas
Salva este sofredor.

Eu sei que sou pecador
Muito pecado cometi
Somei vitórias e derrotas
O tempo passou e não vi
Reclamo das dificuldades
Das conquistas esqueci.

Quando pra o mundo nasci
Trouxe esperança comigo
De ser sábio vencedor
Ser amigo do amigo
Por andar fora dos trilhos
Hoje recebo castigo.

Eu sou meu próprio inimigo
Piso em falso e escorrego
Perdi meu próprio controle
Sou derrotado e não nego
Obrigo-me a suportar
O fardo que eu carrego.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

2.120 - NÃO VOU MORRER PARA DE VIDA MUDAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra:  09 02 2017 e música:

A vida é muita boa
Não há de que reclamar
Uma dádiva divina
Tenho-a que preservar
Vivo bem e não preciso
De minha vida mudar.

Somente vou precisar
Melhorar as condições
Pra que possa viver bem
Cumprindo as obrigações
Amando e defendendo-a
Sem cair em tentações.

Não alimento ilusões
De outra vida melhor
Pois é esta que conheço
Não há outro dom maior
Mudar desta para outra
Poderá ser bem pior.

Viver esta é melhor
Quie por mim é conhecida
No passado e no presente
Tive subida e descida
Não quero morrer tão cedo
Pra poder mudar de vida.

Eu bem sei que esta vida
Um dia vai acabar
Também sei que desafios
Eu terei de enfrentar
Eu jamais quero morrer
Para de vida mudar.

Nunca vieram contar
Se é bom ou ruim morrer
Morreu filhos, pais e irmãos
E não vieram me dizer
Por acaso o que é melhor
Se é morrer ou viver.

Não tenho como saber
Nenhum morto veio contar
Os vivos dizem o que querem
Mas não há como provar
Decidi não vou morrer
Para de vida mudar.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

2.119 - EU SOU FELIZ DE VERDADE.

Autor: Erivaldo Alencar;

Letra: 05 02 2017 e música:


Imagine as pessoas
Gozando felicidade
No campo e na cidade
Vivendo com gentes boas
Gozando muita saúde
No esplendor da plenitude
Sem passar necessidade
Sem jamais ter que sofrer
Bater no peito e dizer
Eu sou feliz de verdade.

Imagine o sertanejo
Trabalhando lá na roça
Morando numa palhoça
Realizando seu desejo
Viver da agricultura
Casa cheia de fartura
Em paz fazendo a vontade
E sem a ninguém dever
Bater no peito e dizer
Eu sou feliz de verdade.

Imagine o cantador
Tocando em sua viola
Tirando versos da cachola
Como bom improvisador
Fazendo o povo sorrir
A galera o aplaudir
No campo e na cidade
E sem a nada temer
Bater no peito e dizer
Eu sou feliz de verdade.

Imagine o soldado
Fazer o patrulhamento
Com pesado armamento
E prender o procurado
Levar pra delegacia
O cara que mais queria
Colocar a trás da grade
Após cumprir o dever
Bater no peito e dizer
Eu sou feliz de verdade.

Imagine o poeta
Sentar diante da mesa
Pegar lápis com leveza
Escrever em linha reta
E o seu pior problema

Descrevê-lo em poema
Com toda serenidade
Pra o primeiro que ler
Bater no peito e dizer
Eu sou feliz de verdade.

Imagine o vaqueiro
Montado em seu cavalo
De longe ouvir o estalo
Do veloz boi mandingueiro
No mato fazer regaço
Do boi seguindo o passo
Em toda velocidade
Depois que o bicho prender
Bater no peito e dizer
Eu sou feliz de verdade.

Imagine o solteiro
Que nunca amou na vida
Buscando a prometida
Que lhe dê o primeiro cheiro
Encontrar uma morena
E dizer vem cá, pequena,
Ser minha cara metade
Ela lhe diz comprazer
Bater no peito e dizer
Eu sou feliz de verdade.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.118 - O POETA CONSCIENTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 05 02 2017 e música:


Não estou pra criticar
Tão pouco pra elogiar
Apenas tento contar
O fato que for verdade
Sou poeta escritor
Cidadão respeitador
Como historiador
Narro com dignidade.

Eu nasci lá no sertão
Poeta de tradição
Com a caneta na mão
Escrevo o que bem quiser
Defendo minha cultura
Faço verso com lisura
Meus versos ninguém censura
Pois faço como Deus quer.

Eu sei que não sou perfeito
Mas tento escrever direito
Quem é que não tem defeito
E escreva sem errar
Na profissão do repente
Tento versar consciente
O leitor inteligente
Jamais vai me ignorar.

Aquele que escreve bem
Não fala mal de ninguém
Se caso vier alguém
Pedir orientação
Com todo amor e prazer
Passa todo seu saber
Para o outro aprender
Esta linda profissão.

Sou filho de cantador
Sou poeta escritor
Tento mostrar meu valor
Sem tocar e sem cantar
Eu possuo um violão
E um teclado então
Não uso um dedo da mão
Pois não aprendi tocar.

Mesmo sem ser repentista
Considero-me artista
Um poeta cordelista
Que nasceu pra escrever

Tenho o mundo em minhas mãos
Poetas são cidadãos
Que vivem como irmãos
Repassando o seu saber.

Poeta é peregrino
Poetizar é seu destino
Dotado de dom divino
De versar em poesia
Onde vai leva prazer
Faz a tristeza esquecer
O mal desaparecer
E faz voltar à alegria.

Na literatura poética
Não pode ferir a ética
Defender tese profética
Tem que ter sabedoria
No que faz ter segurança
Domínio alto confiança
Amizade e liderança
Zelo pela categoria.

O poete consciente
Ter que ser inteligente
Pra poder fazer repente
Sem denegrir a ninguém
Faz o verso tarimbado
Eloqüente bem rimado
Estético metrificado
Da forma que lhe convém.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.