segunda-feira, 24 de outubro de 2016

2.078 - COMO PÁSSARO QUE VOA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 10 2016 e música:


Sou passarinho que voa
No espaço sem rumo certo
Buscando a felicidade
Mas só encontro deserto
É invisível não vejo
E onde mora não acerto.

Encontro-me num deserto
Sem amor e sem paixão
Sou amante não amado
Preso nesta solidão
Por ninguém gostar de mim
Sofre o meu coração.

Acho ser ingratidão
Uma pessoa como eu
Fazer o que tenho feito
Pra ter um amor só meu
Mas o destino cruel
Roubou o que Deus me deu.

Pois ninguém mais do que eu
Sofreu o que tenho sofrido
Pelo amor duma morena
Eu me senti iludido
Eu lhe dei amor sincero
E ela um coração fingido.

O meu peito está sentido
Devido à ingratidão
Os carinhos que a dei
Retribuiu-me com traição
Pelo que fez tem no peito
Pedra invés dum coração.

Tomei uma decisão
Pra buscar noutro lugar
Uma mulher respeitosa
Pra ser amado e amar
Como pássaro que voa
Vou guardá-la no meu lar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

2.077 - A VIDA VAI ANOITECER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 10 2016 e música:


À medida que o tempo passa
Com ele vou envelhecendo
Os meus sonhos viram fumaça
Pelo espaço vão se perdendo.

Que futuro eu poderei ter
Se minhas forças estou perdendo
Embora sem querer morrer
Eu vejo a morte me vencendo.

Minhas pernas estão cansadas
Pra mim não há mais madrugadas
Já sinto a vista escurecer.

A língua não mais me obedece
Com dores meu corpo padece
Não tarda a vida anoitecer.






Francisco Erivaldo Pereira Alencar. 

domingo, 9 de outubro de 2016

2.076 - PRA MEU DINHEIRO GANHAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 09 10 2016 e música:


Vou saindo pra pegar
Carrinho de picolé
Eu preciso de dinheiro
Por isto eu vou com fé
De ganhar alguns trocados
Pra gastar com o que eu quiser.

Todos os dias as mesmas horas
Vou para a rua vender
Nas horas quentes do dia
Trabalhar é meu dever
Com Jesus em minha guia
Jamais vou esmorecer.

Preciso ganhar dinheiro
Para comprar meu comer
Legumes, remédios e leite
E a água pra beber
Depois pagar minhas contas
E assim deixar de dever.

Acho ruim ser cobrado
Você pode acreditar
Além de ficar nervoso
Fico pra não aguentar
Para evitar as cobranças
Me obrigo a trabalhar.

O dinheiro não é tudo
Mas é grande companheiro
O cabra quando tá duro
Terá que ficar ligeiro
Pra comprar o que queremos
É necessário dinheiro.

Há muitas pessoas que
Não gostam de trabalhar
Ficam pedindo as outras
Ou então tem de roubar
Eu prefiro trabalhar
Pra meu dinheiro ganhar.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

2.075 - CALOR CAUSTICANTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 06 10 2016 e música:

À noite tá tão escura
Mas o céu estrelado
O calor tá causticante
De suor estou molhado
Sem qualquer ventilação
Estou sendo sufocado.

A terra esturricada
Pouca água pra beber
Sem ter água para banho
Não sei o que vou fazer
Com a pouca água que tem
Não dar pra fazer o comer.

É triste a situação
Nessa época de estiagem
O sofrimento é grande
Não tou falando bobagem
Mas quem não acreditar
Visite-nos de passagem.

Pra saber o que é seca
Só convivendo com ela
Não há como acostumar
Viver com esta mejela
A seca é implacável
Não há como fugir dela.

Sobre o sol abrasador
Não há como resistir
As altas temperaturas
Que a tudo faz sucumbir
Se continuar a vida
Do planeta vai sumir.

Nem o ar condicionado
Ameniza o furor
É perder tempo e dinheiro
Se usar ventilador
Não há quem possa dormir
Diante de tanto calor.

Para quem usa camisa
Pode ser mais agravante
Joguei a camisa fora
Aliviou um instante
Não há quem se sinta bem
Neste calor causticante.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.074 - O MEU PARENTE PÉ FRIO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 06 10 2016 e música:


Sem querer eu descobri
Um amigo descontente
Se dizendo ser sem sorte
Falando politicamente
Em eleições pra prefeito
Ser pé frio é consciente.

No ano oitenta e oito
Seu candidato venceu
Mas já em noventa e dois
Seu candidato perdeu
No pleito noventa e seis
O seu voto não valeu.

Em dois mil seu candidato
Conseguiu se eleger
Mas lá em dois mil e quatro
Ele começou perder
No ano dois mil e oito
Mais uma vez sem vencer.

No ano dois mil e doze
Ele mudou de partido
Seu candidato perdeu
Ele ficou constrangido
Em dezesseis retornou
Pra poder votar perdido.

Depois de tantas derrotas
Adoeceu de calafrio
Ele tem que se benzer
Pular de ponta no rio
Só assim o meu parente
Deixará de ser pé frio.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.