terça-feira, 31 de maio de 2016

2.041 - A SEMELHANÇA DE DEUS.

Escritor: Erivaldo Alencar.

Letra: 31 05 2016 e música:


Dizem que o homem é
A semelhança de Deus
Foi criado pelo mestre
Por ordem e planos seus
Não sei se fico do lado
Da bíblia ou dos ateus.

São pontos de vistas meus
Não obrigo a ninguém crer
Mas tem me causado dúvidas
A todos eu faço ver
Pois não tenho a menor
Intenção de distorcer.

Há muita gente que crer
Que o que falo é verdade
Mas faço observação
Com responsabilidade
Ser humano é um desastre
Diante da santidade.

Deus com sua santidade
Não tem começo nem fim
Ao contrário da humanidade
Tem o instinto ruim
Vive de fazer o mal
Mas jamais se ver assim.

Ser humano é ruim
Mas não se ver como tal
Com a sua crueldade
Destrói o reino animal
Com derrubada e fogo
Mata o reino vegetal.

A terra em especial
O homem tá degradando
Pensando fazer o bem
Ao planeta tá matando
Extinguindo a própria vida
Ao invés de preservando.

Paro e fico pensando
Meu Deus quanta crueldade
As águas são poluídas
No sertão e na cidade
Fazemos uso das mesmas

Pra nossa necessidade.

Por sua própria vontade
Está destruindo a terra
Nosso berço e habitat
Nela nossa vida enterra
Muitas vidas são ceifadas
Em revolução e guerra.

A nossa vida emperra
Por causa da violência
As brigas e acidentes
Tem causado turbulência
Com os desmando o homem
Já perdeu a paciência.

Não peço conveniência
Nem escondo os erros meus
Opomos ao Criador
Nas ações e planos seus
Como que podemos ser
A semelhança de Deus.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.040 - O MUNDO É UMA ESCOLA II

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 31 05 2016 e música:


O mundo é uma escola
Nela eu tenho estudado
Não aprendi a lição
Sou aluno atrasado
Somente Sairei dela
Quando tiver me formado.

Disse-me o professor
Que eu não tenho inteligência
Eu terei que apanhar muito
E ter muita persistência
Para poder me ensinar
Vai ter que ter paciência.

Por falta de inteligência
Dou a mão a palmatória
Já passei por muitas coisas
Na esperança da vitória
Mas nas lições recebidas
Minha vida tem sido inglória.

Tenho buscado a vitória
Andando na contramão
Sei que um dia aprenderei
Pisar direito no chão
Jogar fora a ignorância
Buscando minha razão.

Eu tenho a sensação
Que isto irá mudar
Vou aprender ser do bem
E do mau me afastar
Pois a escola do mundo
Tá ai pra me ensinar.

Eu até tentei mudar
Mas inda não consegui
Eu continuo insistindo
Mas inda não aprendi
Do pouco que aprendi
Muito eu já esqueci.

No mundo eu nunca vi
Um cara tão burro assim
Pois quanto mais eu estudo
Muito mais fico ruim
O mundo é uma escola
Que não vai servir pra mim.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

2.039 - EM MUITOS ANOS DE PEIA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 31 05 2016 e música:


Há muito estou na peia
Não tenho como negar
Eu tento fazer o certo
Mas não consigo acertar
A sorte foge de mim
E não sei como a pegar.

Todos falam bem da sorte
Ainda não a conheço
Se ela existe de verdade
Não tenho seu endereço
Sei que é difícil, mas quero,
Encontrá-la a qualquer preço.

Eu nunca fiquei parado
E trabalho na certeza
De uma vida melhor
Mesmo não tendo riqueza
Estou pagando alto preço
Por eu viver na pobreza.

Tento ser feliz na vida
Ser feliz inda não sou
Busco de todas maneiras
Mas a hora não chegou
Pois quem for feliz me diga
Como foi que a encontrou.

Tudo pra mim é difícil
Na vida tenho sofrido
Pela pobreza maldita
Meu sonho foi destruído
No mundo da incerteza
Eu me encontro perdido.

Muitos falam bem de mim
Mas ninguém me dar à mão
Não tenho como crescer
Sem ajuda do irmão
Faço tudo pra ser útil
Mas vivo na contramão.

O destino me castiga
Pobreza é minha cadeia
Como posso ser alegre
Se só vejo cara feia
Somente somei derrotas
Em muitos anos de peia.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

2.038 - VOCÊ PERDEU O JUÍZO

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 05 2016 e música:


Você perdeu o juízo
Não dar um passo acertado
Pensa que a vida é brinquedo
Teu presente é complicado
Você quer ser muita coisa
Mas esquece teu passado.

Quer me fazer derrotado
Você não vai conseguir
Todas tuas investidas
Sem ódio vou resistir
Porque no final de tudo
Você quem vai se ferir.

Não adianta insistir
Em um poder que não tem
O que quer fazer comigo
Para você não convém
Pois o mal que tu me fazes
Fazes a você também.

Tu pensas ser um alguém
Que pra o mundo tem valor
Não ver tua pequenez
Num universo sedutor
Tua derrota está perta
Teu troféu será a dor.

A ninguém tu tens amor
E a mim muito pior
Você pisa todo mundo
E se diz ser a melhor
Você cegou e não ver
Que de todas é a pior.

Procure enxergar melhor
Veja o mundo como é
Deixe de pisar os outros
Pise no freio passe a ré
Porque de agora por diante
Vai se afogar na maré.

Saiba onde bota o pé
Para não se machucar
No caminho tem espinhos
Você pode se espinhar
Tem ladeiras pedregosas

Cuidado pra não cansar.

Vou esperar você cansar
Pra fazer minha vingança
Vou me montar de esporas
E te esporar na popança
Vou fazer você chorar
E acabar tua lambança.

Minha maior esperança
É fazer você sofrer
E quando agonizar
A mim irá recorrer
Pra que eu te dê meu perdão
Da morte lhe socorrer.

Então irei lhe dizer
Agora é tarde demais
Você perdeu o juízo
Não vai achar nunca mais
Este besta se achou
Pra não te amar jamais.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.036 – POETA QUE É POETA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra:  24 05 2016  e música:


Poeta que é poeta
Não precisa plagiar
Traça a sua própria meta
Pra do seu modo rimar.

O poeta verdadeiro
Trás no sangue a poesia
Seja poeta letreiro
Ou cantor de cantoria.

O poeta é orador
No verso é professor
Soldado do coração.

Poeta que é poeta
Vezes se faz de profeta
E não dar satisfação.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.037 - A MORTE É A SOLUÇÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra:  25 05 2016 E música:


Pois quem me ver mau trapilho
E pelas ruas jogado
Imagina muitas coisas
O que foi do meu passado
Para viver o presente
Por aí alcoolizado.

Hoje eu sou mal cuidado
Mas no passado fui bem
Minha vida foi confortada
Tinha prestígio também
Impiedosamente fui
Destruído por alguém.

Em um lugar muito alem
Na vida fui promissor
Vivi épocas felizes
Ao lado de um grande amor
Deixei de gozar a vida
Para ser um sofredor.

Por causa deste amor
Perdi o prazer de viver
Sem que eu desse motivo
Cuidou de me esquecer
Foi embora com homem
Só pra me fazer sofrer.

Para poder lhe esquecer
Me depravei na bebida
Esqueci dos meus pertences
Abandonei minha vida
Sai do caminho certo
Por uma estrada perdida.

Hoje não tenho mais vida
Eu só vivo por viver
Pra aliviar minha dor
Passo o tempo a beber
Mesmo assim eu não esqueço
Quem tanto me faz sofrer.

Tento parar de beber
Partir pra outra paixão
Mas não controlo meu vício
Obedeço o coração
Pra me livrar disto tudo
A morte é a solução.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

domingo, 22 de maio de 2016

2.035 - FOMINHA POR DINHEIRO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 05 2016 emúsica:


Eu nunca vi neste mundo
Um cara ser mais grosseiro
Do que um amigo meu
Que se diz ser verdadeiro
Ele é tão fominha que
Dar a vida por dinheiro.

Eu Sei o mundo inteiro
É da grana dependente
Trabalhamos pra ganhar
Para o conforto da gente
Só com ele podemos ter
Uma vida mais descente.

Pois quem fala assim não mente
Porque tenho experiência
Com ele compramos tudo
Pra nossa sobrevivência
O dinheiro trás virtudes
Mas também trás conseqüência.

Também trás independência
Para o mais favorecido
Transtornos e impotência
Para o pobre desvalido
Trás potência e segurança
Para o seu protegido.

Posso está enlouquecido
Por disto eu discordar
Temos que ter o dinheiro
Pra as coisas poder comprar
Tem gente que passa fome
Para o dinheiro guardar.

Que morre de trabalhar
Só para o dinheiro ter
Assim faz o meu amigo
Tentando enriquecer
Não brinca não se alimenta
E só vive por viver.

Seu nome não vou dizer
Mas o fato é verdadeiro
Trabalha muito gasta pouco
É um rico sem herdeiro
É um miserável mas
É fominha por dinheiro.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.034 - MEU SONHO

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 05 2016 e música:


Pra quem não sabe meus sonhos
Eu vou lhes dizer agora
Pros que sabem vou lembrar
O grande sonho de outrora
É difícil, mas quem sabe,
Realizo a qualquer hora.

O mundo todo já sabe
Que eu nasci no Comboeiro
Um lugar de terras boas
E de povo hospitaleiro
Orgulho do cearense
E do povo brasileiro.

Desde criança eu sonho
De tornar realidade
O sítio onde nasci
Transformá-lo em cidade
Sonho quase impossível
Pra minha capacidade.

Pra realizar meu sonho
Preciso muito dinheiro
Por eu ser pobre demais
Não dou um passo certeiro
Nestas condições meu sonho
Deixa de ser verdadeiro.

Pra realizar meu sonho
Tenho que ganhar urgente
Os prêmios das loterias
Que existem no continente
Pela inviabilidade
Isto é sonho de doente.

Tem um ditado que diz
Com muita capacidade
Que quando se tem vontade
Que já se tem a metade
Mas pra mim quem tem vontade
Somente tem a vontade.

Portanto este objetivo
No impossível eu ponho
Considerado absurdo
E um desejo medonho
Jamais realizarei
Mas este é o meu sonho.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

2.033 - AS COVARDIAS DA MORTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra:  19 05 2016 e música:


Pra tratar deste assunto
O cara tem que ser forte
Abala o mundo inteiro
Leste oeste sul e norte
Eu morro. mas não aprovo,
As covardias da morte.

A morte é criminosa
E não respeita ninguém
Arrogante e traiçoeira
Piedade ela não tem
Quando menos se espera
Esta desgraçada vem.

Não se ver a cara dela
Mas está sempre presente
Está na alimentação
Na água no acidente
Nas guerras e confusões
No lazer e no doente.

A morte é impiedosa
Não tem amor a ninguém
O seu trabalho é matar
A ninguém ela quer bem
Que me deixa intrigado
É não se matar também.

Ela mata, mas não morre,
Com ela não tem perdão
Ela que se diz ser justa
Tem natureza de cão
Implacável nas ações
Ela não tem coração.

Para matar ela usa
Uma foice ou roçadeira
Um facão bem afiado
Um serrote ou serradeira
Na profissão de matar
A morte forma fileira.

A morte é tão atrevida
Que ao próprio Deus atacou
Com injúrias numa cruz
Ao Jesus Cristo matou
Por ser filho do Deus pai

Ele a si ressuscitou.

Ela não tem amizade
De todos é inimiga
Pra poder matar alguém
Aproveita-se da briga
Cria inveja e ciúmes
Faz fuxico arranja intriga.

Não sei se ela tem mãe
Se ela tem nunca a vi
Também não sei se tem pai
Se tem eu não conheci
Se ela matou seus pais
Ao crime não assisti.

Eu não sei suas origens
Nem onde e quando nasceu
Se foi criada ou gerada
Nem como apareceu
Só sei que ela existe
Pelas mortes que cometeu.

A morte é intrometida
E não tem a gentileza
Invade as nossas casas
Sem esboçar delicadeza
Leva um ente querido
Deixa dor choro e tristeza.

A morte é invisível
Ninguém sabe aonde mora
Está em todos lugares
Ao mesmo tempo e hora
Inimiga invisível
Que ao mundo todo apavora.

Usa de muitas facetas
Quando ela vai matar
Não sei se são muitas mortes
Pra tantos crimes praticar
Se ela for uma só
Tem mui que se rebolar.

Não podemos enfrentá-la
Pois ela ninguém ver
Inimigo invisível
É duro de combater
Pois quem ousa enfrentá-la
Mais cedo pode morrer.

Ninguém sabe pra onde vai
Nem também de onde vem
Pra todo crime que faz
Uma desculpa ela tem
Só sei que de suas garras
Não escapará ninguém.

Ela mata em uma clínica
Em postos e hospitais
Mata na roça e no mato
Interior e capitais
Mata no trem e metrô
Na água e canaviais.

Pra matar uma pessoa
Ela não escolhe lugar
Na queda dum avião
Num barco em alto mar
Mata com a poluição
Na água, terra e ar.

A morte mata o cara
Que estiver trabalhando
Também mata o turista
Quando está passeando
Também mata um atleta
Em um estádio jogando.

Numa batida de carros
Ela faz assassinato
Num acidente de rua
Elimina o candidato
Numa confusão de bêbados
Ela não deixa barato.

Ela mata um banhista
Em uma praia lotada
Mata a pessoa dormindo
Também mata acordada
Mata na cama e na rede
Em casa e na estrada.

A morte mata o gordo
E mata o magro também
Mata o novo e o velho
A criança e o neném
O que canta e o que chora
Tanto o que vai e o que vem.

Ela não gosta da vida
Ela é irracional
Com seu ódio implacável
Ela mata um animal
E sem justificação
Elimina o vegetal.

Que mal faz o passarinho
Pra sua vida tirar
Com pedras de baladeiras
Que são jogadas no ar
Com bodoque e outras armas
Faz no bichinho acertar.

A morte mata na água
Num banho de cachoeira
Afogado num açude
E em uma corredeira
Té no banheiro de casa
Ela faz esta besteira.

Ela provoca incêndios
Para os animais matar
Em quedas de construções
Ela não deixa escapar
A morte elimina vidas
Quando ela faz inundar.

Nas grandes erupções
Ela também leva vidas
Tempestades e vendavais
Bastantes são destruídas
Guerras e revoluções
Inúmeras são extinguidas.

São inúmeras as formas
Que a morte pode matar
Pode matar com doenças
A qualquer hora e lugar
Pode matar de repente
Sem a gente esperar.

Sempre há uma desculpa
Pra alguém desaparecer
A vida é uma passagem
De tempo pra se viver
Se é bom ou ruim morrer
Quem morre não vem dizer.

A desgraçada da morte
Tem levado muita gente
Embora todos sabemos
Que ela vem certamente
Nós não nos conformaremos
Com a morte de um parente.

Dizem que a morte é a passagem
Desta para outra vida
Não me serve de consolo
Ver a vida destruída
Lutar contra esta peste
É uma guerra perdida.

Ela não manda recado
É atrevida e forte
Ultrapassar os cem anos
Precisa contar com a sorte
Vivo mas não me conformo
Com as covardias da morte.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

2.032 - UM ESMOLÉU.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 13 05 2016 e música:


Eu sei que sou muito pobre
Tenho que reconhecer
Trabalho muito ganho pouco
Mas dar pra sobreviver
Não sou nenhum esmoléu
Como insiste em dizer.

Chama-me de esmoléu
Mas não ver o estado seu
Tu ganhas menos que eu
É pouco o dinheiro teu
O teu orgulho é podre
Tu és pobre como eu.

Sou esmoléu como diz
Mas de ti eu não preciso
Tu quem precisas de mim
Até perde o juízo
Quando lhe falta o dinheiro
E quando eu estou liso.

Na hora do aperreio
Eu quem vou lhe socorrer
Para comprar o teu fumo
Eu que tenho que correr
Pra compra tua bebida
Sofro o maior desprazer.

Quando você adoece
Levo-te pra medicar
O dinheiro pro remédio
Eu que tenho que arranjar
E quando o café acaba
O besta quem vai comprar.

Quando falta coisa em casa
É eu quem vai se virar
Quer tudo em suas mãos
As ordens você quem dar
Tua superioridade
Não dar mais pra suportar.

Quando chego do trabalho
Só me recebe com briga
E nos dias de descansos
Você já faz uma intriga
E como mulher esposa

Pra seu marido não liga.

Eu estou te avisando
O seu esmoléu morreu
Porque de agora por diante
Quem  manda em mim sou eu
Cuide lá de sua vida
Esqueça quem te esqueceu.

Você foi longe de mais
Por assim me maltratar
Fiz tudo ao meu alcance
Pra nós não nos separar
Mas não vejo outro recurso
Vou de ti me afastar.

Diz não precisar de mim
Com raiva mandou-me embora
Tudo bem te obedeço
É pra ir eu vou agora
Estou indo tarde demais
Há muito passei da hora.

Por causa do teu cinismo
Tenho sofrido demais
Vou embora, mas te peço,
Não me procure jamais
Também vou criar vergonha
Não te buscar nunca mais.

Nossa casa era um inferno
Agora vai virar céu
Não vou está aqui
De ti deixo de ser réu
Quem sabe longe de ti
Deixo de ser um esmoléu.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

2.031 - O VERDADEIRO POETA.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra: 09 05 2016 e música:


O verdadeiro poeta
É um ser respeitador
Não escreve cebosidade
Um cidadão de valor
Dono de sabedoria
No verso é professor.

O poeta escritor
De tudo sabe um pouco
Critica faz elogios
Ora é sábio ora é louco
Ver tudo ao seu redor
Pra seu bem finge de mouco.

Pode fingir que está Rouco
Quando ele não quer cantar
O cantador de repente
Canta pra o povo alegrar
Ele faz versos na hora
Pra seu dinheiro ganhar.

Todo lugar é lugar
Pra se fazer cantoria
Numa sala ou num terreiro
Pode ser noite ou dia
Numa bancada ou andando
Bom pra fazer poesia.

Na hora quente ou fria
Ou na alta madrugada
Quando a inspiração chega
Não é preciso bancada
Com a caneta se passa
O verso pra papelada.

Pra se cantar embolada
Tem que ser bom no repente
Ter língua desenrolada
E ser muito inteligente
Pois nem por muito dinheiro
Jamais faz verso indecente.

O poeta é valente
Um feroz desbravador
Navega em vários estilos
Faz a coisa com amor
Na escrita no desafio

Ele prova seu valor.

O poeta trovador
Tem tarimba tem estilo
Canta o povo sua terra
Com ele não existe grilo
Canta o céu e estrelas
E as belezas do Nilo.

Um poeta de estilo
É o poeta cordelista
Conta um caso passado
Ele só quer uma pista
Cria casos inventa lendas
Na escrita maior artista.

O poeta é um artista
Que cria versos na hora
No verso é literato
Faz aquilo que adora
Tem um raciocínio fértil
Que manda o verso pra fora.

Canta o passado e agora
Vezes parece pateta
Canta mote conta histórias
Outras vezes é profeta
Só versa com perfeição
O verdadeiro poeta.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 8 de maio de 2016

2.030 - PRA QUEM QUER OUVIR REPENTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 08 05 2916 e música:


Alô alô minha gente
Que gosta de ouvir repente
Rimado polido e quente
Que contenha a verdade
Sou lá do interior
Venho mostrar meu valor
Versar com muito amor
Para o povo da cidade.

Eu gosto de escrever
Eu também adoro ler
Escrever me dar prazer
O faço com muito amor
Versejo dou garantia
Porque fazer poesia
Vale como terapia
Pra aliviar minha dor.

Aquele que é poeta
Vezes se torna profeta
A vida fica completa
Por nos dar mais alegria
Eu venho do Comboeiro
Sou cidadão brasileiro
E percorro o mundo inteiro
Escrevendo poesia.

Pois eu nasci lá na roça
E morei numa palhoça
Também andei de carroça
Trotei no meu alazão
Burro brabo amansei
Boi valente derrubei
Cobra com as mãos peguei
Nas quebradas do sertão.

Sou poeta escritor
Quando pego um cantador
Bato de chiqueirador
Para respeitar a gente
Pego a minha viola
Tiro verso da cachola
Minha língua desenrola
Pra quem quer ouvir repente.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

2.029 - HOMEM FORTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 08 05 2016 e música:


Vinha vindo do trabalho
Reclamando-me da sorte
Na rua me encontrei
Com um homem de bom porte
O saudei e respondeu-me
Tá tudo bem homem forte.

Que fortaleza tenho eu
Um homem de pouca fé
Envelhecido e doente
Remando contra a maré
Que passa o dia na rua
Para vender picolé.

Não sei se foi gozação
Ou por acaso ironia
Ou se falava a verdade
Eu não tenho garantia
Sinto-me fragilizado
Sem esboçar alegria.

Eu claro que eu gostaria
Ser como ele falou
Ser forte e persistente
E ser melhor do que sou
Pra vencer os desafios
Que em meu eu aportou.

Sou apenas um poeta
Que leva a vida de louco
Aposentado por idade
O que ganho muito pouco
Faltando tudo e devendo
Cobrado finjo de mouco.

Pra eu não tem sido fácil
Vou remando contra a sorte
Busco de todas maneiras
Contra a pobreza e a morte
Quem sabe com persistência
Tornarei-me homem forte.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 7 de maio de 2016

2.028 - CADA UM VALE O QUE TEM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 07 05 2016 e música:


É Muito triste seu moço
O que tenho a dizer
Não é este o meu querer
Mas tem causado alvoroço
No mundo capitalista
É preciso ser artista
Pra ter a vida arrumada
Pobreza a ninguém convém
Cada um vale o que tem
Não tendo não vale nada.

Não adianta dizer
É pobre, mas é direito.
Pois não há pobre perfeito
Se não tem o que comer
A pobreza me intriga
E jamais encheu barriga
Que está esvaziada
A ninguém ela faz bem
Cada um vale o que tem
Não tendo não vale nada.

Que vida boa posso ter
Se meu dinheiro é pouco
Eu trabalho feito louco
Para mal sobreviver
Minha comida não presta
Sem direito ir à festa
Tenho a vida frustrada
Prazer não tenho também
Cada um vale o que tem
Não tendo não vale nada.

O pobre é conhecido
Por viver desconfiado
Mau vestido mal calçado.
O seu sonho é perdido
O pobre é sofredor
Por não na ter nenhum valor
Sua vida é sacrificada
Da sociedade refém
Cada um vale o que tem
Não tendo não vale nada.

Se a pessoa rica for
Por acaso empobrecer
Vai ter muito que sofrer
Pois perderá seu valor
Perde a dignidade

Sujo na sociedade
Com a vida emporcalhada
Não descrevo com desdém
Cada um vale o que tem
Não tendo não vale nada.

O cara quando é rico
Entra em todo lugar
Não há quem vá reclamar
Mas se quer ver um fuxico
Apareça um coitado
Sem dinheiro pé rapado
Sua entrada é barrada
Sua presença na faz bem
Cada um vale o que tem
Não tendo não vale nada.

Aquele que tem riqueza
Não importa donde vier
Compra tudo que quiser
É tratado com nobreza
Mas o pobre é diferente
Não é visto como gente
Sua vida é mal falada
Pra o mundo não é ninguém
Cada um vale o que tem
Não tendo não vale nada.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.