quarta-feira, 30 de setembro de 2015

1.881 - COM A PENA QUE MERECER.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 30 09 2015 e música:


É uma hora da tarde
O calor está muito grande
O sol está muito quente
E a fumaça se expande.

Tem alguém desavisado
No mato fogo botando
Poluindo a cidade
E ao povo prejudicando.

Não sei quem foi ou quem foram
Fez esta barbaridade
Inimigos da saúde
Com irresponsabilidade.

Que botou fogo no mato
Pensando fazer limpeza
Poluindo ambiente
Com o gás contendo impureza.

Esta fumaça maldita
Faz muito mal ao pulmão
Além de irritar os olhos
Impede a respiração.

Cadê a autoridade
Que este crime não ver
Pra punir o mal feitor
Com a pena que merecer.





Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

1.880 - VOCÊ NÃO SABE O QUE É AMAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 28 09 2015 e música:


Você não sabe o que é amar
Pois nunca amou em sua vida
Você pensa que amar é brincar
E zombar quando te chamam de querida

Amor é coisa séria de viver
Quem não ama jamais sabe ser feliz
Amor foi feito pra dar e receber
Quem não dar e não recebe é infeliz.

Porém deixe de idiotice e veja
Que realmente teu coração deseja
Não mate o amor que no teu peito estar.

Descubra você mesma o que vem ser
Lidar com amor tem que aprender
Pois você não sabe o que é amar.




Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 27 de setembro de 2015

1.879 - MORRER SEM UM AMOR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 09 2015 e música:


Eu tenho um amor
Mas estar em segredo
Revelar tenho medo
Devido à reação
O amor de quem falo
Uma mulher casada
Mesmo compromissada
É meu teu coração.

Ela em sua casa
E eu aqui na minha
Minha deusa rainha
Mora aqui no meu peito
Embora separados
Nosso amor é sagrado
Por Deus abençoado
Nosso amor é perfeito.

Este amor que tenho
Por mim soluça e chora
Há quem me desse agora
Estar ao lado dela
Isto não é possível
Nosso amor proibido
Tem que ser escondido
Pra não complicar ela.

Eu tenho um amor
Um amor de verdade
Por infelicidade
Ela é mulher doutro
Tenho minha mulher
Pois também sou casado
Mas tou apaixonado
Pela mulher do outro.

Se eu pudesse agora
A roubaria dele
Sua vida com ele
É de sofrer e dor
Mesmo apaixonada
Ela não vem pra mim
Assim será meu fim
Morrer sem ter amor.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.878 - ATIRADOR MATA CINCO EM SHOPPING HOLANDÊS.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 09 2015 e música:

De uma forma brutal
Um sujeito sem pudor
Com uma arma na mão
Desprovido de amor
Sem motivo aparente
Torna-se um atirador.

Dia nove de abril
Dois mil e onze o ano
Em Alphen aan den Rij
Na Holanda na me engano
De vinte a vinte e cinco anos
Um homem loiro e tirano.

Com uma pistola na mão
Num shopping Center da cidade
Abriu fogo contra ao povo
Com brutal perversidade
Matou cinco feriu treze
Num ato de crueldade.

O caso sem precedentes
Ocorrido é real
A vinte e um quilômetros
Sudoeste da capital
Soma setenta e dois mil
A população local.

Com adultos e crianças
O shopping tava lotado
O povo fazia compras
De repente o inesperado
Naquela tarde de sábado
Deixou o povo assustado.

Bas Eenhoorn o prefeito
Interino declarou
Com pistola automática
O assassino atirou
E usando outra arma
O monstro se suicidou.

Até no dia seguinte
O homem incriminado
Porém inda não havia
Sido identificado
O motivo deste ato
Inda é ignorado.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.877 – COMPARAÇÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 09 2015 e música::


A lua da cor de prata
Esconde-se atrás dum véu
Jesus Cristo o Salvador
Mora na mansão do céu
Minha caneta é o carrinho
Minha empresa é o chapéu.

O sol é estrela rei
Com os seus raios dourados
Nuvem nimbo quando chora
Deixa todo o chão molhado
O temporal quando vem
Deixa o solo inundado.

Estrela Dalva no poente
Bom inverno haverá
Quando está no nascente
Logo a chuva faltará
Lagarta dá no verão
Mas na chuva sumirá.

Sem água a planta murcha
Com água ela enverdece
O dinheiro em mão de pobre
Por nada desaparece
Fiado é como buraco
Até em sonho a conta cresce.

Ser pobre não é defeito
É andar na contramão
O pobre é miserável
Mas o rico é cidadão
Sabemos que é tolice
Em fazer comparação.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

1.876 - NÃO SOU NADA SEM VOCÊ.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 09 2015 e música:


Já não suporto mais
Viver nesta solidão
O meu pobre coração
Geme soluça e chora
O meu peito está em chamas
Entre gemidos e ais
Tenho sofrido demais
Desde quando foi embora.

Minha vida sem você
Não tem nenhum fundamento
Não há maior sofrimento
Que amar sem ser amado
Mesmo fugindo de mim
Lançando-me ao desprezo
Em você continuo preso
Ao seu peito algemado.

Nem sequer durmo direito
Contigo sonho acordado
Sem ter você ao meu lado
Estou num mundo perdido
Eu te amo cegamente
Mas tou vivendo sozinho
Sem amor e sem carinho
A vida não tem sentido.

Quando estou no meu quarto
E não te vejo na cama
Oculto meu peito chama
Pedindo-lhe pra voltar
Mas você não aparece
Eu entro em desconforto
Sozinho busco conforto
Na cama quando deitar.

Preciso muito de ti
Quero-te de qualquer jeito
Está doendo meu peito
Você sabe o por quê
Por ti fui abandonado
Evitar isto não pude
Com você eu serei tudo
Não sou nada sem você



Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.875 - CORDELISTA FULERAGEM.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 09 2015 e música:


Eu nasci no Comboeiro
Gosto de fazer viagem
Hoje moro na cidade
Aonde vou levo a mensagem
Sou poeta escritor
Cordelista fuleragem.

Eu gosto de escrever
Poesias em cordel
Cantando eu faço versos
Depois passo pro papel
No ramo da poesia
Eu sou doutor sem anel.

Escrevi muitos cordéis
E vário livros também
Poemas nem sei as contas
Pois escrever me faz bem
O sucesso que é bom
Eu não sei quando é que vem.

Inda não ganhei dinheiro
Na profissão de escritor
Também não tive ajuda
Seja de quem quer que for
Nem sequer me deram chances
Para mostrar meu valor.

Sou um poeta anônimo
Sem direito de crescer
Ninguém ver o meu talento
Não sou nada ninguém ver
Ser um poeta anônimo
É um poeta sem ser.

Pra qualquer lugar que eu for
Levo cordéis na bagagem
Tento fazer o melhor
Mas não transmito mensagem
Não me conformo de ser
Cordelista fuleragem.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.874 - VÃO TER QUE ME TOLERAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 22 09 2015 e música:

Vendo picolé nas ruas
Nas horas quentes do dia
O calor é muito forte
Só falto dar agonia

Eu não gosto do que faço
Mas tenho dedicação
É um trabalho indigno
Mas é minha profissão.

Maioria das pessoas
Não dão respeito à gente
Tem nojo e discriminam
Por nos achar indecente.

Esta gente odiosa
Não ver o quanto sofremos
Só nos desejam o mau
Pensam que não percebemos.

Pois eu especialmente
Queria nesta hora estar
Trabalhando num escritório
Sem ter que no sol me queimar.

Infelizmente sou pobre
Trabalho pra ter o pão
Por isto enfrento o sol
Em qualquer ocasião.

Procuro atender bem
E a ninguém desgostar
Anuncio meu produto
Sem nunca escandalizar.

Tanto criança e adulto
Tem o mesmo atendimento
Tanto faz homem ou mulher
Não uso outro argumento.

Se eu tivesse recursos
Na rua não trabalhava
Tinha meu próprio negócio
E a ninguém abusava.

Ninguém me dar outro emprego
Pra poder meu pão ganhar
Mesmo que alguém não goste
Vai ter que me tolerar.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

1.873 - POR LEVAR CONHECIMENTO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 21 09 2015 e música:


O sono está chegando
Estou sentindo o cansaço
Mais um dia terminando
Não encontrei embaraço.

Hoje eu não trabalhei
Fiz palestra com criança
Pelo lugar que passei
Levei paz e esperança.

Eu fiz a minha vontade
Somente passei verdade
Lazer e divertimento.

O que fiz não foi forçado
Sinto-me realizado
Por levar conhecimento.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.872 - TIRA DE MIM O AMOR

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 21 09 2015 e música:


Eu nasci duma mulher
E mulher eu vou amar
Se achar quem me quiser
Jamais irei dispensar.

O amor é importante
E pra mim faz muito bem
Mas há homem ignorante
Que não ama a mulher que tem.

De mulher eu sou cativo
É para mulher que vivo
Seja de que forma for

Mulher é meu prato forte
Somente a maldita morte
Tira de mim o amor


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.871 - LUIZ GONZAGA, REI DO BAIÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 21 09 2015 e música;


Para tudo neste mundo
Chega a hora e chega o dia
Pois é chegado o momento
Pra narrar em poesia
De Luiz o Gonzagão
Contar sua biografia.

Eu vou descrever a história
Dum ilustre cidadão
Nordestino, cabra macho.
Desbravador do sertão
Contarei a história do
Gonzaga Rei do Baião.

O seu nome é Luiz
Gonzaga do Nascimento
Nasceu em 13 de dezembro
Mil novecentos e doze atento
Pernambucano de Exu
Nordestino de talento.

É filho de Januário
José dos Santos e Ana
(Ana Batista de Jesus)
Conhecida por Santana
O Santos veio do marido
O poeta não se engana.

Luiz Gonzaga também é
Da Família Alencar
Por parte da sua mãe
Jamais há como negar
Que veio de Portugal
Para o sertão povoar.

Neto materno de José
Moreira França Alencar
Hepta neto de Leonel
De Alencar Rego vou narrar
Leonel veio de Portugal
Para o Exu fundar.

Gonzaga tem cinco irmãos
Zé Gonzaga e Severino
Chiquinha Gonzaga e Socorro
Aluísio foi bom menino
Uma casa de artistas
Do meu sertão nordestino.

Casou-se com Edelzuite
Mulher de fibra e talento
Gonzagão teve dois filhos
Odaléia do Nascimento
E Luiz Gonzaga Junior
Um artista de alento

Luiz Gonzaga é conhecido
Por Lula e Gonzagão
Bico de Aço, Velho Lua.
Embaixador do Sertão
Majestade do Baião,
Pernambuco e Rei do Baião.

Gonzagão em vida foi
Um talentoso cantor
Foi um exímio poeta
Ilustre compositor
E no eco da sanfona
Gonzagão foi vencedor.

Da sanfona, do triângulo
Do zabumba acompanhado
Levou alegria das festas
Ao seu nordeste amado
Com o forró-pé-de-serra
Tocando baião e xaxado.

Animou festas juninas
Cantando para a pobreza
Dos corações nordestinos
Descarregou a tristeza
Sertanejo injustiçado
Nele contou com a defesa.

E também por grandes músicos
Ele foi admirado
Por Dorival, Gilberto Gil
Ele sempre foi lembrado
Raul Seixas e Caetano
Gonzaga foi respeitado.

Instrumentista sofisticado
De melodias inventor
Ele ganhou notoriedade
Na profissão de cantor
No seu cento e vinte baixos
Foi o maior tocador.

Entre outras fez sucesso
Com Asa Branca e Siridó
Luiz Respeita Januário
Juazeiro e qui nem jiló
Baião de Dois, Assum Preto,
Eu Só Quero Um Xodó.

O seu pai foi lavrador
Sanfoneiro da região
A sua mãe foi doméstica
Mãe de grande coração
Em mil novecentos e nove
Eles casaram então.

Foram pro Baixio dos Doidos
Que hoje é Timorante
Luiz é o segundo filho
Deste casal interessante
Que nunca imaginaram
Ser ele tão importante.

No batizado o desafio
Seu sobre nome destoando
O Januário dos Santos
Acabaram lhe tirando
Por Gonzaga do Nascimento
Seu sobrenome trocando.

O Luiz por ter nascido
No dia de Santa Luzia
Gonzaga o complemento
Do nome de simpatia
Do Santo Luiz Gonzaga
A quem seu pai referencia.

Nascimento por ser o mês
Que se comemora o natal
O nascimento de Jesus
Filho do Deus Celestial
Luiz Gonzaga do Nascimento
É o seu nome real.

Dos seus seis a oito meses
Uma cigana profetizou
Que ele seria do mundo
Ia andar muito e completou
Vai criar feridas nos pés
Desta forma enfatizou.

Com sete anos de idade
Já pegava na enxada
Trabalhando na lavoura
Já com a mão calejada
Para ajudar os seus pais
A criar a filharada.

Nas horas vagas ficava
Vendo o pai tocar sanfona
Criou gosto pelo instrumento
O artista que vinha a tona
De início prometia ser
Melhor artista da zona.

Seu pai tocava sanfona
Consertava instrumentos
Incentivando seus filhos
A descobrir seus talentos
Uma casa de artistas
Profissionais de intentos.

A família ia festas
Religiosas, batizados.
Casamentos e forrós
Todos iam animados
Tanto pela diversão
Em busca de bons trocados.

Januário nos oito baixos
Pelos filhos acompanhados
Pífanos e concertina
Pela família eram tocados
O zabumba fazia parte
Dos instrumentos usados.

Aos doze anos de idade
Ao pai já acompanhava
Os sambas pelos terreiros
Lá no sertão animava
Na região do Araripe
Era ele quem mandava;

Também aprendeu com o pai
Dos foles afinação
Protegido por Sinhô Aires
Que do pai era patrão
Com as filhas do Sinhô Aires
Aprendeu a ler então.

Pegou sessenta mil réis
Que ele tinha guardado
Tomou mais sessenta mil
Com Sinhô Aires Emprestado
Em Ouricuri comprou
Fole da marca veado.

Com sua primeira sanfona
Passou os bailes animar
Granito, Baixio dos Doidos,
Em Rancharia ia tocar
Pra isto mais de vinte léguas
Tinha que a pé andar.

Mil novecentos vinte e quatro
Sua casa foi inundada
Com a cheia sua família
De mudar foi obrigada
A Fazenda Várzea Grande
Foi sua nova morada.

Mil novecentos vinte e seis
Com catorze anos de idade
Apresentava-se em festas
Com muita garra e vontade
Já era profissional
Um artista de verdade.

Um grupo de escoteiros
Nesta época então
Instalou-se no Exu
Com uma obrigação
Para alfabetizar
Os jovens da região.

Por Gilberto seu amigo
Gonzaga foi convencido
Pra ir morar na cidade
Pra estudar foi atraído
Se sustentando do ganho
Como cantor conseguido.

Mil novecentos e trinta
Antes dos dezoito anos
Uma paixão muito forte
Fez ele mudar os planos
Moça de família branca
Quase o leva aos desenganos.

A moça era de família
Tradicional da região
O pai dela não aceitou
O namoro com Gonzagão
O achava sem futuro
Com a quela profissão.

Com o Coronel pai da moça
Luiz tomou satisfação
O velho ficou zangado
Quase que perde a razão
Falou com a mãe do Luiz
Mostrando ser valentão.

Disse pra Dona Santana
De forma muito singela
Minha filha é de respeito
Não o quero perto dela
Só não o tinha matado
Por respeitar muito ela.

De sua mãe o Gonzaga
Levou surra exemplar
Fugiu para o Ceará
E Crato foi o lugar
Lá vendeu sua sanfona
Pra poder o trem pagar.

Viajou pra Fortaleza
Para atender seus clamores
Lá em Fortaleza entrou
No Batalhão de Caçadores
E como corneteiro pode
Mostrar que tinha valores.

E como Bico de Aço
Ele ficou conhecido
Mas algum tempo depois
Pra Minas foi transferido
Para ser cantor de fama
Ele estava decidido.

No sul de Minas prestou
Provas para sanfoneiro
Da Polícia Militar
Lá do estado mineiro
Por não conhecer a escala
Foi reprovado ligeiro;

Ele passou a estudar
Teoria musical
Aprender músicas de sucesso
De cantor profissional
Polcas, valsas e boleros
Tudo que fosse legal.

Servindo em Juiz de Fora
Nas folgas ele tocava
Mil novecentos trinta e sete
Pra Ouro Fino mudava
Lá conheceu o Raul
Que festa organizava.

O Raul Apocalípse
Um cidadão de moral
Quem organizava festas
No Clube Éden local
Convidou o Gonzagão
Que aceitou por ser legal.

Mil novecentos trinta e oito
Gonzagão foi enganado
Por um caixeiro viajante
Ao mesmo tendo comprado
Sanfona de oitenta baixos
Em prestações foi combinado.

Ele só a receberia
Depois de tudo pagar
Lá na capital paulista
Teria de ir pegar
No endereço indicado
Só se ele fosse buscar.

No final das prestações
Sua sanfona rifou
Com o dinheiro arrecadado
Pra São Paulo viajou
E o caixeiro viajante
Gonzaga não encontrou.

No hotel onde hospedara
Dum senhor italiano
Comprou do filho do mesmo
Outra idêntica a do engano
Por setecentos mil réis
Como estava no plano

Sanfona de marca Horner
Oitenta baixos também
E ótima de cor branca
Ele disse esta convém
Retornou pra Ouro Fino
Sem dever nenhum vintém.

Mil novecentos trinta e nove
Aos dez anos completar
No exército brasileiro
Ele teve de se afastar
Com dez anos não era mais
Permitido continuar.

No mesmo ano embarcou
Lá para o Rio de Janeiro
Lá no Rio ele conheceu
Um ilustre ex- marinheiro
O grande violonista
Nosso Xavier Pinheiro.

Xavier tocava na noite
Mas lhe abriu grande luz
Apresentava programa
Lá Rádio Vera Cruz
Deu forças para Gonzaga
É o que a gente deduz.

Lá no Bar do Espanhol
Passou a se apresentar
E nas festas de subúrbios
Luiz começou a reinar
Tinha que correr o chapéu
Pra dinheiro arrecadar.

Começou a aprimorar
Seu repertório tocando
Tangos, valsas e foxtrotes
E o povo foi gostando
E no mundo musical
Sua fama ia aumentando.

Pelo Xavier Pinheiro
Ele foi apresentado
A Antenógenes Silva
Acordionista respeitado
Com quem começou estudar
Pra ser músico preparado.

Lá no início da década
De quarenta ele comprou
Sanfona de cento e vinte
Baixos a quem tanto amou
Com esta nova sanfona
Gonzaga se projetou.

Mil novecentos e quarenta
Começou a freqüentar
A programas de calouros
Lá nas rádios do lugar
No Rio o povo parava
Pra no Rádio lhe escutar.

Dos Calouros em Desfile
Do Mestre Ary Barroso
Na grande Rádio Tupi
Um programa primoroso
Mas seu futuro no rádio
Mostrava-se duvidoso

No Programa papel carbono
Ele também se apresentou
Do mestre Renato Murce
Da Rádio Clube cantou
Sem o sucesso chegar
Nos bares continuou.

Lá no Bar Cidade Nova
Lá do Mangues, conheceu.
Um grupo de estudantes
Cearenses que apareceu
Pediu-lhe para tocar
Canções do nordeste seu.

Até então ele negava
Suas raízes nordestinas
Mas preparou “Pé de Serra”
Gravou por “Chamego” das meninas
E a música “Vira e Mexe”
De sua terra natalina.

O sucesso de “Pé de serra”
Ocorreu de imediato
Lotou o Bar Cidade Nova
E neste momento exato
Reconhecer suas raízes
Lhe dava fama e contrato.

Ele retornou ao programa
Calouros de Ary Barroso
Precisava ganhar dinheiro
Devido ao clima doloroso
Da seca que assolava
O seu sertão clamoroso.

O seu irmão Zé Gonzaga
Lá no Rio o procurou
Para a família faminta
Junto ao Gonzaga buscou
Ouvindo a situação
Gonzagão se apressou.

No Calouros em desfile
Gonzagão apresentou
A música Vira e Mexe
Nota máxima ganhou
O prêmio de cento e cinquenta
Mil Réis ele faturou.

Nesta época continuava
Lá na Rádio Transmissora
Acompanhando Zé do Norte
Nesta arte promissora
E com Manuel monteiro
Cantava na emissora

Foi convidado para ser
Sanfoneiro na gravação
Do cantor Genésio Arruda
Na RCA, então.
Luiz selou com vitória
Sua participação.

Depois da participação
Ele foi apresentado
Ao diretor da gravadora
Ernesto Matos, interessado.
Pediu que alguns estilos
Por ele fosse tocado.

Saudades de São João Del Rey
Luiz Gonzaga tocou
Numa Serenata e Vira e Mexe.
E Pé de Serra ele abafou
E “Vésperas de São João”
Ao diretor agradou.

Convidado pro outro dia
Fazer uma gravação
Genésio Arruda convidou
Pra fazer apresentação
Diariamente no Teatro
De Revista da região.

Inda no ano quarenta
Gonzaga foi contratado
Pela Rádio Clube Brasil
No lugar que foi deixado
Por Antenógenes Silva
Por ter sido dispensado.

Noutros programas de Rádio
Também se apresentava
E com enorme sucesso
Em dancing ele tocava
Eldorado, Belas artes,
E assírio ele animava.

No início como cantor
Não teve boa aceitação
Na Rádio Tamoio do Rio
Perdeu o seu ganha pão
Por causa de sua voz
Que não chamava atenção.

Nesta época Gonzaga
Já não era mais menino
Radialista Cesar Alencar
De conhecimento fino
Afirmava Luiz “Maior
Sanfoneiro nordestino”.

No início suas músicas
Só eram instrumentais
Miguel Lima foi o primeiro
Que letrou seus musicais
Do terceiro em diante
Foram gravados com vocais.

Os dois discos renderam
Reportagem ao Gonzagão
Pela revista Vitrine
Publicada até então
Luiz Gonzaga era o
Virtuoso do acordeão.

Mil novecentos quarenta e três
Primeiro contrato assinou
No Cassino Ahu, Curitiba
Numa temporada tocou
Como maior acordeonista
Que no Brasil se criou.

Do violonista Dino
Luiz Gonzaga ganhou
O apelido de Lua
Que facilmente pegou
Por ter a cara redonda
O rádio popularizou.

Mil novecentos quarenta e quatro
Ele curtiu com alegria
A cantora Carmem Costa
Gravou de sua autoria
“Xamego” e “A Mulher do Lino)
Esta composta em parceria.

Mil novecentos quarenta e cinco
Teve as primeiras da parceria
Com o poeta Miguel Lima
Gravadas com alegria
Por Manezinho Araújo
Duas de suas melodias

Dezessete e setecentos
E Xamego da Guiomar
Foram os sucessos que
Manezinho pode gravar
Desta grande parceria
Como se pode observar.

Gravou seus primeiros discos
Agora como cantor
A “Dança da Mariquinha”
Que da música foi autor
A letra de Miguel Lima
Grande poeta escritor.

Seu primeiro sucesso como
Cantor foi “Cortando o Pano”
Sua voz tida como ruim
Gonzaga seguiu seu plano
Convencendo até os críticos
Tinha cometido engano.

O Luiz Gonzaga Junior
No mesmo ano nasceu
A sua paternidade
Suspeitas pra muitos deu
Sem se importar como
Gonzaga o reconheceu.

Conheceu no mesmo ano
Seu parceiro musical
O advogado cearense
Iguatuense de moral
O grande Humberto Teixeira
Seu parceiro principal.

Com o parceiro Miguel Lima
Grande sucesso alcançou
Gonzaga queria mais
Outro parceiro buscou
Ele encontrou Lauro Maia
Mas acordo não chegou

Pois no primeiro encontro
Tido com Humberto Teixeira
Em apenas dez minutos
Fizeram canção ligeira
Xote “No Meu Pé de Serra”
Sucesso na nação inteira.

No mesmo ano Gonzaga
Provocou revolução
Na música brasileira
Com grande sucesso então
Uma mistura de ritmos
Que o chamou de Baião.

O lançamento foi “Baião”
Parceria com Teixeira
Quatro Azes e um Coringa
Quem gravou a vez primeira
Com Gonzaga na sanfona
Reinou na música brasileira.

Outubro do mesmo ano
Tirou férias da Nacional
Dezesseis anos de ausência
Volta sua terra natal
No Exu em Pernambuco
Foi rever seu pessoal.

Antes de retornar ao Rio
Pelo Recife passou
Com muitos artistas locais
Gonzaga se encontrou
Com o acadêmico Zédantas
Conhecimento travou.

Mil novecentos quarenta e sete
Luiz Gonzaga conheceu
Helena Neves Cavalcanti
Nela o amor floresceu
Casou no ano seguinte
Mas nenhum filho lhe deu.

Ele gravou Asa Branca
De sua autoria e Teixeira
Um dos maiores sucessos
Da música brasileira
Regravada muitas vezes
Por esta nação inteira.

Por Altamiro Carrilho
E Quinteto Violado
Severino Januário
Dominguinhos seu aliado
Fagner e Téo Azevedo
Sivuca artista afamado.

Por Rosinha de Valença
Também por Gilberto Gil
Carmélia Alves e Veloso
Trio Melodia foi sutil
E César do Acordeon
E muito outros do Brasil.

Com o sucesso de Asa Branca
Gonzaga foi convidado
Pra participar do filme
Por Watsom Macedo lançado
“Esse mundo é um pandeiro”
Com sucesso de mercado.

No ano quarenta e oito
Nossa atenção chamou
Com Helena Cavalcanti.
Naquele ano casou.
E depois do casamento
No Rio continuou.

O cinquenta o baião tornou-se
Coqueluche nacional
Com o novo ritmo Gonzaga
Mudou o seu visual
Introduziu chapéu de couro
Sua indumentária real.

Foi Getulista convicto
O apoiou pra presidente
E no ano cinquenta e um
Ele gravou firmemente
“Olha Pro Céu e Sabiá”
Mostrando ser competente.

Luiz homenageou
Sua mulher com a canção
Parceria com David Nasser
Cantou (Madama Baião)
Excelente companheira
Mulher de bom coração.

Na época se apresentava
Na mayring Veiga e Nacional
Carmélia Alves com Sivuca
Gravou um disco com moral
Vasto Pot-pourri de músicas
Do nosso rei musical.

Foi pelos Laboratórios
Moura Brasil contratado
Pra fazer uma turnê
Em capital de estado
Começando em São Paulo
E em Belém terminado.

Acidente automobilístico
Em São Paulo ele sofreu
Seis costelas e clavícula
No acidente rompeu
Ferimentos na cabeça
E em mais dois amigos seu.

Durante as festas juninas
Ele se apresentou
Na Rádio Tupy-Tamoio
Com seu pai e irmãos cantou
Com o nome (Os Sete Gonzaga)
Na temporada abafou.

Em cinquenta e três trocou
Casimira por gibão de couro
Do sapato de verniz
Fez da sandália seu tesouro
A gravata por cartucheira
Chapéu maior foi seu ouro.

Em cinquenta e cinco lançou
A história do Nordeste
Seu primeiro LP
Que falava do agreste
Em suas canções cantava
O caboclo cabra da peste.

Descobriu Patrulha de Choque
De Luiz Gonzaga, em Propriá
De Marinês e Abdias
Chiquinho Zabumba tava lá
Anunciavam Luiz Gonzaga
Onde fosse se apresentar.

Em cinquenta e seis ele mudou
O conjunto que o acompanhava
Em Luiz Gonzaga e Seus
Cabras da Peste que contava
Marinês, Abdias e Zito
Miudinho, logo acabava.

Cinquenta e oito ocorreu
Muitas mudança musicais
A eclosão da Bossa Nova
Foi uma dentre as quais
Deu início ao declínio
O fazendo cair demais.

Novos gostos musicais
No rádio impondo-se então
Gonzaga perdeu espaço
Em sua composição
Voltou-se pro interior
Onde era Rei do Baião.

No ano sessenta e um
RCA Vito lançou
Com músicas inéditas
Primeiro Lp gravou
E com este lançamento
Ao sucesso retornou.

Acidente automobilístico
No mesmo ano sofreu
Neste acidente gravíssimo
Quase que a vida perdeu
Isto foi em uma curva
Que a porta do carro cedeu.

Arremessado pra fora
Grande pancada recendo
Da porta em sua cabeça
Trauma craniano sofrendo
E ferimento num olho
Quase a visão perdendo.

Ia de Miguel Pereira
Para o Rio de Janeiro
Ainda no mesmo ano
Ele perdeu um companheiro
O ilustríssimo Zédantas
O seu exímio parceiro.

Logo encontrou João Silva
Travando conhecimento
Sendo o terceiro parceiro
Com bom desenvolvimento
Importante na carreira
De Gonzaga do Nascimento.

Setenta oito foi contratado
Para uma temporada
Na Rádio Mayring Veiga
Que o manteve na parada
Até o ano seguinte
Desempenhou a jornada.

No ano sessenta e três
Desempenha com amor
Se apresentando nas pequenas
Cidades do interior
Cantando em circos e praças
Pra o povo trabalhador.

Certa vez lá em Nanuque
Uma cidade mineira
Acertado um show no cinema
Daquela cidade fagueira
Depois do filme “Elvis Presley”
Em duas seções, inteira.

Sessenta e quatro pensando
Voltar à terra natal
Ele comprou um terreno
No Exu o seu natural
Roubaram-lhe a sanfona preta
De marca universal.

De Antenógenes Silva
Ele tomou emprestada
A sua sanfona branca
Bonita e bem zelada
Daí por diante só sanfona
Branca passou a ser usada.

Encomendou uma a fabrica
Todeschini, com aprovo.
Mandou cunhar a inscrição
Dizendo que “É do Povo”
Frase que sempre cunhava
Em seu instrumento novo

Um livro em sessenta e seis
Por ele foi editado
“O sanfoneiro do Riacho
Da Brígida” foi lançado
A sua autobiografia
Pra Sinval Sá foi ditado.

Pra reforçar as finanças
Em Estúdios atuou
E em campanhas políticas
Ele também trabalhou
E seu filho Gonzaguinha
Publicamente apresentou.

Sessenta e oito em entrevista
O cantor Gilberto Gil
Concedida a Augusto de Campos
Sobre a música varonil
Gonzaga é importante
Pra cultura do Brasil.

Caetano Veloso, também.
Mostrava admiração
Ao cantor e compositor
Gonzaga o rei do baião
Nordestino arretado
Desbravador do sertão.

O radialista Carlos
Imperial divulgou
Que The Beatles gravaria
“Asa Branca” Assim narrou
Uma grande correria
Em torno de Luiz levou.

No ano setenta e um
Numa entrevista mandou
Ao forte jornal “Pasquim”
Luiz Gonzaga revelou
Para falar do assunto
Diz que um cachê ganhou.

Na TV. Continental
Na “Noite Implacável” apeia
Sessenta e nove Gilberto
Gil, grava sem cara feia
A linda canção de Gonzaga
"Dezessete légua e meia".

Em setenta com o padre
João Câncio preparou
“Missa do Vaqueiro” e até
Setenta e quatro patrocinou
Por anos com os irmãos
Bandeiras a missa animou.

Em setenta e um Caetano
Veloso, em Londres Exilado
Gravou em inglês Asa Branca
No disco que foi lançado
O Hino dos brasileiros
Que tava da terra ausentado.

Em show no Palais de La
Mutualité em Paris
Gal Costa e Gilberto Gil
Incendiaram o pais
Ao cantar a “Acauã”
De Zé Dantas e Luiz.

Longa entrevista ao jornal
"O Pasquim" ele concedeu
Da grande TV Tupi
O título recebeu
De"Imortal da Música
Brasileira", mereceu;

Por Carlos Imperial
Convidado pra assistir
A um festival de rock
Na cidade Guarapari
Os convidados não foram
Ele quem fez o show ali.

No dia três de abril
Com otimismo e amor
Ingressou na maçonaria
Disposto a fazer favor
Na Loja Paranapuan,
Ilha do Governador

No ano setenta e dois
Lá no Rio de Janeiro
No show "Luiz Gonzaga volta
Para curtir",o sanfoneiro
Teatro Tereza Raquel
Canta o nosso cancioneiro.

Concedeu uma entrevista
A revista "O Bondinho".
Transferiu-se pra Odeon
Com cinco Lps do artista
Também recebeu um título
O de "Cidadão Paulista".

Ele apoiou o governo
Militar brasileiro
Abriu o Forró Asa Branca
O nosso rei sanfoneiro
Na Ilha do Governador
Lá no Rio de Janeiro.

Setenta e cinco no "MPB 100,
Um século de m.p.b",
Pelo Projeto Minerva
Em rede nacional se ver
Gravado em oito discos,
Está no quarto LP.

No ano setenta e seis
Em um show em Fortaleza
De “Cidadão Cearense”
Um título de grandeza
Conheceu Edelzuita
Num avião sua princesa.

A música Capim Novo
Virou tema de novela
“Saramandaia” da Globo
Uma canção muito bela
Com esta música título
Seu sucesso se revela.

Em agosto daquele ano
A TV Globo exibiu
"Especial Luiz Gonzaga",
O povo todo assistiu
Na série "Brasil especial",
Nossa nação toda viu.

Setenta e sete com Carmélia
E Dominguinhos fez excursão
Em mais de oitenta rádios
Ele fez reprodução
De "O eterno Gonzaga",
Produzido em São Paulo, então.

Da "Enciclopédia Britânica",
Entrou pra versão brasileira
Com fotos em cores ilustrou
Sua brilhante carreira
Descrevendo a seu respeito
E o que fez a vida inteira.

No ano setenta e nove
Para o Exu retornou
Em prol da Asa Branca
Uma campanha iniciou
Com a campanha o governo
O Parque Asa Branca criou.

Ele acabou com as brigas
De Exu e região
Em oitenta ele cantou
Pro chefe da religião
Papa João Paulo II
Em sua visita a nação.

Da temporada “Sabor
Brasil” ele participou
Na excursão com Gonzaguina
Ao vivo ele gravou
Álbum "Vida do viajante",
Que o Brasil todo escutou.

Nessa excursão ganhou
O apelido de Gonzagão
Setenta e nove, oitenta e quatro
Em defesa do sertão
Entrou na contra a seca
Que assolou o nordestão.

A convite da cantora
E amiga Nazaré Pereira,
Na casa de show Bobino
Feito a moda brasileira
Em Paris, capital da França
Cantou com a companheira.

"Danado de bom" primeiro
disco de ouro da carreira
Recebeu o “Prêmio Shell da
Música Popular Brasileira”.
Aumentou a venda de discos
Em nossa nação inteira.

Gravou especial pra Globo
Declarou na ocasião
Nessa oportunidade
Informou sua decisão
Naquele hora terminava
A carreira e profissão.

Não cumpriu a despedida
E a cantar continuou
No ano oitenta e cinco
Novo disco ele gravou
Com o sucesso dois discos
De ouro arrebatou.

Oitenta e seis participou
Na frança do festival
Da música brasileira
Um evento sensacional
Com Fafá e outros cantores
Apresentou-se no show final.

O “Forró de cabo a rabo”
Um disco pra gente fina
Ele estava em Paris
Quando lançou esta mina
Deu-lhe dois discos de ouro
E um disco de platina.

Em fins de oitenta e sete
Sua doença piorou
Já sofria de “osteosporose”
Mas outro mal o atacou
O tal “câncer de próstata”
Que nem sabendo ficou.

Mas continuou nos planos
De instalar o seu museu
Na cidade do Exu
Lugar aonde nasceu
Oitenta e oito com Elba
Ramalho em show cantou.

Foi lançada a coleção
"50 Anos de chão",
Caixa de cinco Lps
De sua imensa coleção
Copilados os sucessos
Do nosso rei do baião.

Da sua esposa Helena
Gonzaga se separou
Pra morar com Edeuzuita
O Recife adotou
Na capital pernambucana
Por pouco tempo morou.

Em seis de junho do último
show ele participou
Homenagem dos amigos
Do Brasil que preparou
O Teatro Guararapes
La no Recife lotou.

Pois em 21 de junho,
Gonzaga foi internado
No Hospital Santa Joana
Na capital do estado
No dia dois de agosto
Gonzaga virou finado.

Na ida pro aeroporto
Foi grande a exclamação
Onde o corpo passava
Era grande a multidão
Gritava Hei, Hei, Luiz
É nosso rei do baião.

Em Juazeiro do Norte
Para ser abençoado
Pro Memorial Padim Ciço
O seu corpo foi levado
Nas ruas o cortejo fúnebre
Foi muito homenageado.

Depois foi para o Exu
Pra que fosse sepultado
Em sua cidade natal
Luiz foi reverenciado
E pelo povo nas ruas
Ele foi acompanhado.

Povo cantava suas músicas
Nas vozes de sanfoneiros
Dentre a multidão presente
Músicos e violeiros
Para a última despedida
Do maior dos brasileiros.

Cerca de 20 mil pessoas
Estavam no sepultamento
Cantando em coro a Asa Branca
Estava chegando momento
Da despedida de Luis
Gonzaga do Nascimento.

No ano de 99,
devido a ocasião
Dos dez anos de sua morte
Com grande recepção
Museu de Caruaru abre
Permanente exposição.

No Lincoln Center em Nova York.
Homenagem recebeu
Dois mil e um no programa
"Em cena Brasil", se deu
O espetáculo "O vôo da
Asa branca", aconteceu.

Dois mil e dois por ocasião
Nos 90 de nascimento
Com show no Armazén 5
Na homenagem do momento
No Rio com vários cantores
Pelo seu merecimento.

Também o Sesc Pompéia
Em São Paulo apresentou
Série "São Luiz Gonzaga",
Quinteto Violado lhe prestou
Exposição  "Luiz Gonzaga  
A saga de um rei", que reinou.

Dois e quatro "Asa Branca",
De Humberto, foi apontada
Nas apresentações de palco
Como uma das mais tocadas
Como também pelo rádio
Uma das mais executadas.

Dois mil e cinco no Jornal
Do Brasil foi publicado
Artigo Tárik de Souza
Sobre Luiz divulgado
"Os herdeiros do Rei".
Nome por nome é citado.

Dia 13 de dezembro
Na Câmara foi aprovado
Dia de seu nascimento,
Que por lei foi transformado
"Dia Nacional do Forró",
Por Erundina foi criado.

A aprovação contou
com o selo comemorativo
Com shows em vários lugares
Mantém seu sucesso ativo
Pois Gonzagão permanece
Em nossos corações vivo.

No ano dois mil e seis
Ele foi homenageado
Lá no Rio de Janeiro
Luiz Gonzaga foi lembrado
Pela Escola de samba
São Vicente desse estado.

Dezembro do mesmo ano,
A Ediouro lançou
“Gonzaguinha e Gonzagão”
A editora publicou
De Regina Echeverria.
A vida dos dois contou.

Em dois mil e sete Breno
Silveira, produtor de linha
Reuniu a família Gonzaga
Para levar pra telinha
Para lançar a história
De Gonzagão e Gonzaguinha.

Dois mil e nove Zé Ramalho
Em CD homenageou
"Zé Ramalho canta Luiz
Gonzaga", prestigiou
Só canções de Gonzagão
O Zé Ramalho gravou.

Dezembro de dois mil e dez
Noventa e oito completaria
No Rio entre outras recebeu
Da Nacional naquele dia
No programa "Puxa o Fole",
Homenagem lhe irradia.

Ministério da Cultura.
Também lhe dar atenção
Na data do aniversário
E por antecipação
Dos cem anos de nascimento
Livro "O rei e o baião",

Em Pernambuco Gonzagão
Foi bem homenageado
Por um museu com seu nome
Ele foi agraciado
“Cais do Sertão Luiz Gonzaga”
Por Lula inaugurado.

Durante as festas juninas
Foi líder de execuções
Em dois mil e doze dando
Abertura às comemorações
Centenário de nascimento
Foi feito com emoções.

Jonas Vieira e Simon Khoury
Dois escritores de linha
Centro de Tradições Nordestinas
La no Rio com festinha.
Lançaram em honra o livro
Gonzagão e Gonzaguinha.

Ele foi homenageado
Lá no Rio de Janeiro
Pela G.R.E.S.
Por ser este sanfoneiro
Da música nacional
O mais nobre brasileiro.

A Unidos da Tijuca
No desfile apresentou
Na Marquês de Sapucaí
O enredo que abafou
O rei Luiz do sertão
O povo quem o coroou.

Agora eu vou tratar
Da sua discografia
Por sinal é muito extensa
O faço com alegria
Pra descrever os seus discos
Não tenho hora nem dia.

Mil novecentos e quarenta 
Na discografia estreou
Pela Victor em setenta e oito
Rotações ele lançou
 “Véspera de São João”
“Numa Serenata” gravou.

Seu segundo disco saiu
Em junho do mesmo ano
“Saudades de São João Del Rey”
Uma valsa eu não me engano
O xamego “Vira e Mexe”
Fazer sucesso era seu plano.

Ainda em quarenta e um
Dois discos pode gravar
(Nós queremos uma valsa)
E (Arrancando caroá)
O outro é (Farolito)
E (Segura a polca) está lá.

Mil novecentos quarenta e dois
Sete discos ele gravou
“Calangotango” e “Minha Guanabara”
Pela Victor ele lançou
(Aquele chorinho e Lygia)
No mercado abafou.

O “Apitando na curva”
Ele gravou com “Saudade”
“Seu Januário e Sant’anna”
Gravou com propriedade
“Sanfonando e Vorônica”
Ganhou nacionalidade.

“Saudades de Ouro Preto
E Pé de serra” gravou
“Saudades de Areal
Pisa de mansinho), lançou
Todos em setenta e oito
Rotações ele reinou.

Em quarenta e três quatro discos
Ele lançou no mercado
“Apanhei-te cavaquinho
E Yvonne” foi lançado
O segundo disco foi
“Araponga e Meu passado”

“Destino e Galo Garnizé
Do ano mais um a lançar
O último “Manolita
E “O xamego da Guiomar”
Setenta e oito rotações
Luiz sempre a tocar.

Ele gravou oito discos
Em quarenta e quatro o ano
“Passeando em Paris,
Aperreado” na me engano
“Catimbó e Despedida”
Ele concretizou seu plano.

“Fazendo intriga e Vanda”
Ele gravou com harmonia
“Xodó e Capricho do Destino”
Lhe deu muita alegria
“Luar do sertão e Bilu bilu”
Sua fama se espandia

“Escorregando e Madrilena”
Foi sertão afora abafando
‘Recordações de alguém”
E o “Pingo namorando”
“Subindo ao céu e Fuga
Da África” foi agradando.

No ano quarenta e cinco
Nosso ilustre Gonzagão
Ele gravou nove discos
Em setenta oito rotação
Um deles “Provocando as cordas
E “Última inspiração”.

O “Festa napolitana
E Ovo azul” ele gravou
“Caxangá e Cortando o pano”
O Brasil todo cantou
E “Queixumes e Zinha”
Seu sucesso estourou.

“Perpétua e Isto é o que queremos”
Mais um seu disco gravado
“Bolo mimoso e Dança do macaco”
Foi sucesso estourado
“Penerô e Sanfona dourada”
Foi pelo povo cantado.

O “Na hora H e Mara”
Também fez muito sucesso
“Dança, Mariquinha e Impertinente)
No cântico ele teve acesso
Gonzagão foi o maior
Perante a todos confesso.

No ano quarenta e seis
Nove discos ele lançou
“No meu pé de serra e Pagode
Russo” o Brasil agradou
“Não bate nele e Calango
Da Lacraia” abafou.

“Eu vou cortando e Caí
No frevo” foi magistral
“Toca uma polquinha e Feijão
Com côve” foi sensacional
O “Saudades de Matão
E Brejeiro” foi legal.

O “Ó de casa e Xamego
Das cabrochas” arrazou
O “É pra rir e Devolve
E Não quero saber” marcou
“Marieta e de Juazeiro
A Pirapora” gamou.

Em quarenta e sete o ano
Quatro discos pode gravar
“Quer ir mais eu e Pau de sebo”
 “Todo mundo quer/Tenho onde morar”
“Vou pra roça e Asa Branca”
Sucesso em todo lugar.

O “Balanço do calango
E Coração de mulher”
Só um disco em quarenta oito
Sucesso em lugar qualquer
“A moda da mula preta
Firim, firim, firim” boa é.

No ano quarenta e nove
Seis discos ele lançou
“Lorota boa e Mangaratiba’
Mais um disco que gravou
Vem morena e Quase maluco”
Pro mundo musical entrou.

“Dezessete légua e meia
E Forró de Mané Vito”
Disco “Vou mudar de couro
E Gato angorá” é bonito
“Seridó e Légua tirana”
Foram muito bem escritos.

Com “Juazeiro e Baião”
O ano musical fechou
E no ano de cinquenta
Oito discos ele gravou
O “Torrado e Estrada
De Canindé” lançou.

“Adeus Rio de Janeiro
E Rei Bantu” foi sensação
“Macapá e Boiadeiro”
Tocou em toda nação
“Xanduzinha e A volta
Da Asa Branca” ao sertão.

“Chofer de praça e No
Ceará não tem disso não”
“Açum Preto e Cintura fina”
Disco de alta rotação
“A dança da moda e Respeita
Januário” canta o povão.

“Vira e mexe e Qui nem jiló”
Fecha o ano musical
Cinquenta e um cinco discos
Um ano primordial
“Sabiá e Baião da Penha”
Um disco sensacional.

Ele também lançou “Madama
E Conversa de barbeiro”
“Propriá e Olha pro céu”
Sucesso no país inteiro
“Maria, coco-baião
Amanhã eu vou” foi ligeiro.

Ele gravou “Tô sobrando
E Morena, moreninha.
E em cinquenta e dois lança
Onze discos de mesma linha
Foi de “Baião de vassouras
E Beata Mocinha

“Vamos xaxear e Xaxado
Fez sucesso de verdade
Ele gravou “Marabaixo
E Jardim da saudade
“Paraíba e Asa Branca
Com grande notoriedade.

“Baião da garoa e Piauí”
Foi sucesso nacional
“Acauã e Adeus Pernambuco”
Sucesso internacional
“Respeita Januário e Légua
Tirana” Sucesso global.

O “Catamilho na festa
E Pau de Arara” arrazou
“São João na roça e Juca”
O Brasil todo dançou
“São João do carneirinho
E Imbalança” balançou.

“Cigarro de palha e
Baião da garoa” lançou
No ano cinquenta e três
Sete discos ele gravou
Feira de gado e Velho
Novo Exu” todo Exu gamou.

“Para Xaxar e A vida
Do viajante” gravou
O “ABC do sertão
E Vozes da seca” pegou.
“A letra I e Algodão”
Todo o Nordeste cantou.

Disco “São João chegou
E O casamento de Rosa”
“O xote das meninas e Treze
De dezembro” ele prosa
“Moreninha tentação e
Saudade de Pernambuco” glosa.

No ano cinquenta e quatro
Cinco discos ele lançou
O primeiro foi “Cartão
De Natal e Maria fulô”
Gravou “A canção do carteiro
E Velho pescador”.

“Cana só de Pernambuco
E Relógio baião
“Noites brasileiras
Lascando o cano” então
“Olha a pisada e Vou
Pra casa já” foi sucessão.

Cinco discos em cinquenta e cinco
A sua agenda não vaga
“A história do Nordeste
Na voz de Luiz Gonzaga”
Foi seu primeiro LP
Que na música virou saga.

O “Forró de Zé Tatu
E Riacho do Navio”
“Café e Cabra da peste
Grande sucesso no Rio
“Baião dos namorados
Ai amor” um disco de brio.

Também gravou “Paulo Afonso
E Padroeira do Brasil”
“Baião granfino e Só vale
Quem tem” no torrão varonil
Além de ser bom cantor
Gonzaga também foi gentil.

Em cinquenta e seis a sua
Discografia ampliou
“Aboios e vaquejadas”
Segundo LP que gravou
“Siri jogando bola e Saudade
Da boa terra” lançou.

“Braia dengosa e Tesouro
E meio” foi pro mercado
O “Tacacá e Chorão”
Por Gonzaga foi lançado
“Derramaro o gai e Vassouras”
Foi sucesso estourado.

“O cheiro de Carolina
E Aboio apaixonado”
“Mané Zabé e Lenda de
São João” foi bem cotado
“Buraco do tatu e Açucena
Cheirosa” quem não tá lembrado.

No ano cinquenta e sete
Seis discos foram lançados
O “LP Rei do baião”
O terceiro a ser gravado
“Linda brejeira e Meu Pajeú”
Foi mais um disco lançado.

“O delegado no coco
E Comício no mato”
“Quarqué dia e Malha de bois”
Um disco feito com trato
“O passo da rancheira e
São João antigo” um barato.

“A feira de Caruaru
E Capital do agreste”
Oito discos em cinquenta oito
Gravados pra cabra da peste
“Xamego” o quarto LP
Sucesso em todo Nordeste.

O Lp “São João na roça”
Tem valor igual tesouro
“Chorei chorão/Balance eu”
“Sertão sofredor/Gibão de couro”
“A moda da mula preta
Xote das moças” vale ouro.

 “Que modelo são os seus
E Festa no céu” lançou
“Forró no escuro e Moça
De feira” Gonzaga gravou
No disco ele foi sucesso
E ao vivo contagiou.

Em cinquenta e nove quatro
Discos Gonzaga encanta
O  “Luiz Gonzaga canta
Seus sucessos com Zédantas”
“Marcha da Petrobrás/Calango
Da lacraia” ele canta.

O “Fogueira de São João/
Casamento atrapaiado”
“O sertanejo do Norte/
Xote do véio” foi gravado
Só três discos em sessenta
Por Gonzaga foi lançado.

“Vida de vaqueiro/Maceió”
Ele cantou que ficou rouco
“São João do arraial/
Testamento de caboclo”
O “Amor da minha vida/
Meu padrim” foi sufoco.

Só “Luiz "Lua" Gonzaga”
Em sessenta e um gravou
No ano de sessenta e dois
Seis discos ele lançou
“O Nordeste na voz de Luiz
Gonzaga” sucesso galgou.

“Matutu aperriado/
De Teresina a São Luiz”
“Sanfoneiro Zé Tatu/
Baldrona macia” ele diz
“O véio macho/Pássaro
Caraó” canta feliz.

O “São João na roça”
Mais um de seus LPs
“Véio macho” um LP
Que gravou para vocês
No ano sessenta e três
Discos ele só gravou três.

Lançou o grande LP
De nome “pisa no pilão”
“Linforme instravagante/
Desse jeito sim” então
“Pedido a São João/A morte
 do vaqueiro” no sertão.

Em sessenta e quatro só
Lp “Sanfona do povo”
Sessenta e cinco não gravou
Sessenta e seis gravou de novo
“Luiz Gonzaga, sua sanfona
E sua simpatia” com aprovo.

Sessenta e sete o LP
“Óia eu aqui de novo”
Sessenta e oito, oito discos,
Um trabalho de aprovo
“Meus sucessos com Humberto
Teixeira” Poeta qu’eu lovo.

“Os grandes sucessos de
Luiz Gonzaga” o rei
“Meus sucessos com Humberto
Teixeira” escritor eu sei
Os grandes sucessos de
Luiz Gonzaga” devotei.

O “ Canaã” foi mais um
Lp que ele gravou
“São João do Araripe”
Outro Lp que lançou
“O sanfoneiro do povo
De Deus” ao Senhor agradou.

Em setenta ele lançou
Cinco Lps na praça
“O Nordeste na voz de
Luiz Gonzaga” com graça
Grava “ A triste partida”
Mostrando o sofrer da raça.

“Luiz Gonzaga e Humberto
Teixeira” Gonzaga canta
“Luiz Gonzaga canta seus
Sucessos com Zé Dantas”
Com “Sertão setenta” ele
Um novo sucesso implanta.

No ano setenta e um
Só dois LPs gravou
“Luiz Gonzaga. Vol. 1”
No mercado ele lançou
“O canto jovem de Luiz
Gonzaga” no país brotou.

No ano setenta e dois
Gonzaga se fez presente
Com dois grandes Lps
Primeiro o “São João quente”
Depois com “Aquilo bom”
Incendiou nossa gente.

No ano setenta e três
Ele anima as meninas
Aquece as festas com
“Quadrilhas e marchinhas juninas”
Com “Luiz Gonzaga” alegra
Todas as raças nordestinas.

No ano setenta e quatro
 São cinco Lps lançados
“Sanfona do povo” deixou
Os corações animados
“São Paulo-QG do baião”
Lua colheu resultados.

No disco “Daquele jeito”
Gonzaga foi muito além
Também gravou pros fieis
“A nova Jerusalém”
“O fole roncou” na sua
Vida musical também.

No ano setenta e cinco
Três Lps Luiz gravou
Em “Chá Catuba” foi feliz
Em “Asa Branca” Arrasou
“Asa Branca, Disco de Ouro”
Brasil inteiro cantou.

O Lp “Capim novo”
Em setenta e seis gravado
No ano setenta e sete
Dois Lps são lançados
“Luiz Gonzaga e Humberto
Teixeira” foi bem cotado.

“Luiz Gonzaga & Carmélia
 Alves” um disco de valor
No ano setenta e oito
Foi um ano promissor
“A grande música de Luiz
 Gonzaga” gravou com amor.

“Dengo maior”  Lp
Que estourou no mercado
No ano setenta e nove
Cinco Lps gravados
A “Discografia básica”
Mais um Lp lançado.

“Luiz Gonzaga volume 2”
Outro disco de sucesso
“Quadrilhas e marchinhas
Volume 2” eu confesso
Junto com “Eu e meu pai”
Todo povo teve acesso.

Disco de ouro volume dois”
O Brasil todo agradou
Em oitenta só dois discos
“O homem da terra” lançou
Depois o “Luiz Gonzaga”
Lp que aprovou.

Oitenta e um só dois discos
Pra música importante
“Luiz Gonzaga volume três”
Lp interessante
“Gonzagão e Gonzaguinha
Ao vivo, a vida do viajante”

No LP “A festa”
Grandes sucessos lançou
No ano oitenta e dois
Quatro Lps gravou
“O Rei volta para casa”
Com sucessos ele voltou.

“Os grandes momentos de Luiz
Gonzaga” pro Brasil gravou
“Os grandes sucessos de Luiz
Gonzaga” o Brasil cantou
E o “Eterno cantador”
A população delirou.

Oitenta e três “70 anos
de sanfona e simpatia”
No ano oitenta e quatro
Gravou e deu garantia
“Luiz Gonzaga/Camargo
Guanieri” explodia.

“Luiz Gonzaga e Fagner”
O mundo todo ouviu
“Danado de bom” todo
Nosso povo assistiu
No ano oitenta e cinco
Dois discos o povo viu.

45 anos de
Sucesso” Luiz derramou
E com “Sanfoneiro macho”
No Brasil todo reinou
Oitenta e seis o “Forró
de cabo a rabo” gravou.

Oitenta e sete “De fiá
pavi” fez a gravação
“Gonzagão e Fagner 2”
Antes “Aí tem Gonzagão”
E o famoso Lp
“50 anos de chão”.

No ano oitenta e nove
Gravou “Missa de vaqueiro”
Também gravou “Asa Branca”
Maior sucesso brasileiro
E fechou o ano com
“Vou te matar de cheiro”

No ano noventa e três
Só um disco pudemos ver
“Êta cabra danado de bom”
 Revivendo em CD
No ano Noventa e quatro
“Sanfona dourada” se crer.

No ano noventa e cinco
“Meu pé de serra” em CD
No ano dois mil e um
Três Cds pra reviver.
“Luiz Gonzaga e Carmélia
Alves ao vivo” deu prazer.

“Duetos com Mestre Lua-
Gonzagão e convidados
O disco “Volta pra curtir”
Deixou todos animados
Dois mil e três “Despedida”
Com sucessos arretados.

No ano dois mil e quatro
“Quarqué dia” foi gravado
Selo Revivendo lançou
O CD mui bem traçado
Painel da música nordestina
Num estilo bem animado.

Dois mil e sete a Revivendo
Caixa tripla preparou
"Luiz Gonzaga: seu canto sua
Sanfona, seus amigos", lançou.
Inclui gravações inéditas
Que o Brasil todo cantou.

Dois mil e dez a Descobertas
Coletou vários artigos
"Luiz Gonzaga: seu canto
sua sanfona, seus amigos",
Caixa em quatro CDs duplos
De dar inveja a inimigos.

Dois mil e onze o Instituto
Cultural Cravo Albin
Com o Grupo MPE
Lhe homenageado enfim
Caixa com 4 CDs
Este cordel chega ao fim

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.