domingo, 26 de julho de 2015

1.846 - QUEM SOU.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 07 2015 e música:


Quem quiser saber quem sou
Está seu tempo perdendo
Sou quase nada e não vale
Apenas ficar sabendo
Sou insignificante
Pra poder ficar dizendo.

Aqui não estou querendo
Diminuir meu valor
Com a caneta na mão
Sou poeta escritor
Mas empurrando o carrinho
De picolé vendedor.

Fui técnico reparador
De rádio e televisão
Também fui agricultor
E nasci láno sertão
Aposentado e trabalho
Para completar o pão.

Porém no passado então
Também fui comerciante
Empregado industriário
E na feira fui feirante
Sou líder comunitário
E do futebol mandante.

Sou católico praticante
E poeta cordelista
Também sou pesquisador
Autodidata analista
E no rádio apresento
“Você é o artista”.

Sou um cara ativista
Protetor dos animais
Sou contra a poluição
Defensor dos vegetais
Amante da natureza
Defendo meus ideais.

Primogênito dos meus pais
Incentivador da cultura
Gosto de ler e escrever
Sou fã da literatura
Amo fazer poesias
Faço versos sem censura.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.845 – PACIÊNCIA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 07 2015 e música:


Quem fez a paciência
Não teve paciência
De ter a paciência
Na paciência viver
Se tenho paciência
Ela não dar paciência
De ter a paciência
Para paciência ter.

É preciso paciência
Para se ter paciência
Para com paciência
Se viver com paciência
Eu quero ter paciência
Pra poder com paciência
Usar minha paciência
E não fazer violência.

No mundo da paciência
Eu não vejo paciência
Pra encontrar paciência
Para paciente ser
Falam-se de paciência
Onde mora a paciência
Quem sabe a paciência
Ainda irá nascer.

O que que é paciência
Donde vem a paciência
Quem inventou paciência
E pra que que serve então
Eu nunca vi paciência
Nunca peguei paciência
Nunca tomei paciência
Paciência é ilusão.

Onde comprar paciência
Onde que dão paciência
Que se faz de paciência
Para que serve não sei
Recomendam paciência
Mandam se ter paciência
Eu quero ter paciência
Não sei onde a encontrarei.



Francisco Erivaldo Pereira Alencar

1.844 - UM MUNDO DIFERENTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 07 2015 e música:


Quero um mundo diferente
Aonde haja paz e amor
Onde o Deus onipotente
Seja o Deus e Senhor.

De um povo inteligente
Haja fé e fraternidade
Onde o Deus onipotente
Seja o Deus da verdade

Aonde se possa andar
Pela terra, mar e ar
E se viver com decência.

Livre da poluição
E poder ganhar o pão
Sem usar de violência.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.843 - A TERRA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 07 2015 e música:


A terra está girando
Soltinha pelo espaço
Em seu eixo se equilibrando
Maestrando seu compasso.

E no alto sem tropeço
Gira em duas direções
Sempre no mesmo endereço
Cumprindo suas funções.

Devido as poluições
Tá doente dos pulmões
Sentimos e pudemos ver

Com instinto destruidor
O homem é o causador
Se caso a terra morrer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.842 - NÃO ME QUIZ E FOI EMBORA.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: m26 07 2015 e música:


Hoje me acho sozinho
Morando aqui nesta casa
Sem sequer ter uma asa
Pra me guardar com carinho
Pois ninguém ver meu sofrer
A ponto de enlouquecer
Até minha alma chora.
Devoluto eu lhe chamo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.

Quando ela estava comigo
Eu me sentia feliz
Não sei que de mal eu fiz
Para ter este castigo
Sem seus carinhos padeço
Fui imbecil reconheço
O que vou fazer agora
Por sua volta eu clamo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.

Em sonho seu vulto vejo
Sorrindo abre seus braços
Sufoca-me com abraços
Excitando forte desejo
Desperto não vejo ela
Dirijo-me a janela
E saio de rua afora
Sem tino por ela chamo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.

A ela me entreguei
De corpo alma e coração
Desvairado de paixão
Em suas juras confiei
Mas o tempo não parou
Veio vento e levou
Alguém que meu peito adora
Por falta de um bem reclamo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.

Com os olhos lacrimando
Eu a peço pra voltar
Viver sem ela não dar
Vejo que tou me derrocando
Pra ela não sou ninguém
Mas só ela me convém
Seu desprezo me devora
Se amor eu me derramo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.

Quero ouvir a sua voz
E junto ao meu coração
Abraçar-lhe com paixão
E dizer só para nós
Nosso amor é tão bonito
É eterno é infinito
Sonho que pouco demora
É folha que cai do ramo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.

Eu sei que não há mais jeito
Pra reconciliação
Mesmo que eu peça perdão
Eu jamais serei aceito
Tenho que me conformar
E sem querer, aceitar.
Não a terei por senhora
Tua presença exclamo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.

Eu já que ela não quer
Ter a mim como marido
É inútil é perdido
Insistir nesta mulher
Cansei de viver sozinho
Sem amor e sem carinho
Então o que faço agora
Sem consolo choro e clamo
A mulher que tanto amo
Não me quis e foi embora.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 19 de julho de 2015

1.841 - SE ISSO FOR FELICIDADE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 19 07 2015 e música:

Não ter uma companheira
Que dê amor e carinho
Morar na casa sozinho
Ter que viver na sujeira
Sem ter quem lhe dê o trato
Lavar roupa lavar prato
Por que a mim ninguém quis
Quero saber a verdade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Sou eu quem faz a limpeza
Por que não posso pagar
Eu que tenho que cozinhar
A minha vida é dureza
Por falta duma mulher
Lavo panela e colher
Inda tem gente que diz
Você tá só por vontade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Por falta de uma dama
Eu arrumo a geladeira
A mesa e a cadeira
O guarda-roupa e a cama.
Dos móveis eu tiro o pó
Fazendo e falando só
Que estou doido alguém diz
Ajuda nem por caridade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz

Muito cedo me levanto
Faço minha obrigação
Vou comprar o leite e o pão
Pra comer, pois não sou santo,
Dou ração pros animais
Água pros irracionais
Às vezes me acho infeliz
Faço da casa uma grade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Eu trabalho o dia inteiro
Mas lá em casa falta tudo
Pra comprar faço estudo
Pois ganho pouco dinheiro.
As vezes me acho chato
Pois só compro o mais barato
Confiro a compra que fiz
É uma calamidade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Eu passo o dia todinho
Tentando vender picolé
Nas horas mais quente até
Vou empurrando o carrinho
Eu subo e desço ladeira
Parece ser brincadeira
Mas suo a ponta do nariz
Pra gente da minha idade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Tenho duas hérnias de disco
E um esporão de galo
Com a bursite eu ralo
Hemorróida me faz arisco
Sofro de hipertensão
Diabete igual o cão
Quem é que não se mal diz
Por perda de capacidade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Tomo de oito a nove
Comprimidos para dor
Passo massageador
Mas isto a ninguém comove
Um para hipertensão
Quatro pra diabete então
Minha coluna quem diz
Vou te curvar a metade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Chego em casa quebrado
Doendo embaixo do pé
Da venda de picolé
Resta o corpo suado
Inda vou fazer a janta
De fome a tripa canta
Não é a vida que eu quis
Comer não me dar vontade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.

Cedo me deito na cama
Passo a noite gemendo
De dores vou me torcendo
Em sonho a morte me chama
Levanto-me de repente
Banho-me com água quente
Até minha alma se mal diz
Por que tanta crueldade
Se isto for felicidade
Então sou muito feliz.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 18 de julho de 2015

1.840 - O VAQUEIRO DA NOITE

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 18 07 2015 e música;


Peço inspiração a Deus
Pra o poeta brasileiro
Pra contar neste cordel
Um ocorrido verdadeiro
De quando eu era criança
Que assombrou o sertaneiro.

Foi na década de sessenta
Lá no sítio Cajazeiras
Lugar de nome Fechado
Terra boa hospitaleira
Quem está vivo inda lembra
Desta história verdadeira.

Foi em uma sexta feira
Quando o vento fez açoite
Já estava muito tarde
E o povo fazia pernoite
Passava das onze horas
Chegou o Vaqueiro da Noite.

Como Vaqueiro da Noite
Foi assim intitulado
Eu não se ele existiu
Ou se é fantasma criado
Mas veio naquela noite
Pra deixar o povo assombrado.

Os nomes que aqui são dados
Eles são dados por mim
Não correspondem aos nomes
Ditos verdadeiros em fim
Pra dar conteúdo aos fatos
Que aconteceram sim.

Foi numa noite sem lua
Com o céu muito estrelado
Num caminho que ligava
Açude Velho ao Fechado
Caminho torto e lúgubre
Num lugar muito isolado.

Como disse era tarde
A população já dormia
Só aquele que dorme
Ao fato presenciaria
Eu como estava dormindo
Nada disso eu ouvia.

De repente se ouviu
No trecho grande alarido
Uma chocalheira forte
Fazia doer ouvido
Gritos desesperadores
No mato grande estalido.

Extenso aboio se ouviu
Sem se saber quem aboiava
E ao final o aboio
Fortemente ele gritava
Rei La boi, rei La boiada
Aboiando ele falava.

Rei La vaca Asa Branca
Violeta e Castanhola
Patativa e Coruja,
Belinha, Preta e Viola.
Manga Larga, Severina,
Peixeira, roxa e Patola.

Também se ouvia o latido
De um cachorro feroz
Que corria atrás do gado
Como se fosse um algoz
E aos gritos o vaqueiro
Mandava vai Albatroz.

No reboliço se ouvia
Mato fazendo regaço
Vento fazendo açoite
Como se dando o compasso
E a escuridão da noite
Não oferecia embaraço.

Também se ouvia o tropel
Como se alguém cavalgava
Horas estava distante
Mas logo se aproximava
O povo fechava as portas
E o barulho se afastava.

Em seu aboio saudoso
Tanto gritava e cantava
Pelo nome de Joãozinho
Constantemente chamava
Em dueto com o vaqueiro
Um forte aboio soltava.

O Vaqueiro enfurecido
Chamava por Mariquinha
Inda citava outros nomes
Venha de pressa Rosinha
Pedro, Cosme e Apolônio
Izabel, Rita e Zefinha.

Venham de pressas molengas
Tangem o gado ligeiro
Cuidado com o garrote
Pra não ir pro formigueiro
E sem cessar estumava
O seu cachorro trigueiro.

Em meio a tanta turbulência
Ouvia-se o gado berrar
O barulho das esporas
Também dava pra escutar
Como o ranger da cela
E o chicote estalar.

Parecendo irritado
E de forma eloqüente
Gritava pros companheiros
Cuidado o touro é valente
Com seus chifres afiados
Não venha ferir a gente.

Com temor se escutava
Um cavalo relinchando
Ouvia-se porco roncar
Ovelha e cabra berrando
Constantemente se ouvia
Uma criança chorando.

Mais ou menos meia noite
Apareceu um clarão
Como se fosse um incêndio
Junto um grito de atenção
Apaguem o fogo de pressa
Evitem a destruição.

Ouvia-se quebrar ramos
E o fogo aumentando
Um fumaceiro escuro
Pela mata espalhando
E no açoite dos ramos
Alguém diz tou me queimando

Alguém diz pegue a água
Para o fogo apagar
Uma batedeira de latas
Também se pode escutar
Barulho da água no fogo
Também se ouviu jogar.

Em pouco tempo o clarão
Dali desapareceu
Mas se ouviram três tiros
Que a terra estremeceu
E com o nascer da lua
O fantasma emudeceu.

Quando o dia amanheceu
A notícia se espalhou
Todos ficaram suspensos
Por saber o que passou
Sem ninguém saber quem foi
Que a noite a terrorizou.

O povo se perguntava
Quem será este vaqueiro
Que deu muito o que falar
Naquele sertão inteiro
Talvez no passado ali tenha
Morrido algum boiadeiro.

Um grupo de moradores
Foram ao caso investigar
Vistoriaram as matas
Sem vestígio encontrar
Nas veredas e caminhos
Tava tudo no lugar.

Não tinha rastro na estrada
E o mato tava normal
E do incêndio na mata
Não tinha nenhum sinal
O ocorrido foi descrito
Como sobre natural.

Existem muitos mistérios
Lugar com assombração
Tem gente que não acredita
Mas preste bem atenção
Pra quando ver não correr
Precisa ser valentão.




Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.839 - AMO A MINHA TERRA

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 18 07 2015 e música:


Eu amo a minha terra
De todo o meu coração
Meu querido pé de serra
Lindo pedaço de chão.

Hoje moro na cidade
Quanta lembrança me dar
Quando há oportunidade
Sempre vou te visitar.

Terra de gente descente
Porque na terra da gente
Não há pobreza nem guerra.

Se plantando tudo dar
E sem medo de errar
Eu amo a minha terra.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.838 – CHOCANTE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 18 07 2015 e música:


Estou sentado na praça
Pois não há o que fazer
Olhando o povo que passa
Fico comigo a dizer.

Como aqui tem vagabundo
Gente sem ocupação
Um ser sem valor, imundo.
Não dar lucro pra nação.

Cadê a sociedade
Que não tem a caridade
Nem amor ao semelhante.

Para pegar este povo
Levar para um mundo novo
Viver assim é chocante.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.