domingo, 26 de outubro de 2014

1.775 - NO ROL DE TERRA MALDITA

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 10 2014 e música:


Já estou me aproximando
Do lugar onde nasci
Completamente abandonada
O lugar onde cresci
Nem sequer existe mais
As casas onde vivi.

A velha casa de taipa
O meu berço natural
Foi-se levando com ela
O terreiro e o quintal
Não há ovelhas nem cabras
Nem chiqueiro nem curral.

E a casa de tijolos
No ano trinta construída
Foi o meu segundo lar
Onde passei parte da vida
Também não existe mais
Sem razão foi demolida.

Ao rever o meu lugar
Recordações dão demais
Lágrimas caiem dos olhos
Com saudade dos meus pais
As terras tem outros donos
E os meus pais não vivem mais.

Eu avisto um touro morto
Num terreno descampado
Porque morreu eu não sei
Talvez por ser mau cuidado
Exalando mau odor
Por urubus é tragado.

Mas na terra é assim
Nada tem vida infinita
Por desprezar meu lugar
A lembrança me irrita
Com desprezo a inscreveram
No rol de terra maldita.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.774 - QUE VAI GERIR A NAÇÃO.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 26 10 2014 e música:


Meia hora já andei
A caminho da secção
Ao sol quente já suei
Pra cumprir minha obrigação.

Vou votar no Comboeiro
A trinta e seis da cidade
Dezoito de moto foi ligeiro
Em baixa velocidade.

Três léguas andando a pé
Com disposição e fé
Faço  dever de cidadão.

Com título de eleitor
Vou escolher o gestor
Que vai gerir a nação.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.773 - PARA VOTAR NA PRESIDENTE

Autor: Erivaldo Alencar:

Letra: 26 10 2014 e música:


Mais uma vez estou voltando
Ao meu velho sertão querido
Sozinho a pé caminhando
Para votar vou decidido.

Vou percorrendo a mesma estrada
Que no passado percorri
Sol quente terra esturricada
Berço amado que não esqueci.

Três léguas ao sol abrasador
Pedras, poeira e calor.
Ao vento ando livremente.

A dor, sede, fome resisto
como cidadão faço isto.
Para votar na presidente.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sábado, 25 de outubro de 2014

1.772 - UM FELIZ ANIVERSÁRIO A MINHA FILHA CAÇULA

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 25 10 2014 e música:


Nesta data tão feliz
Filha te parabenizo
É o que tua mãe diz
E dizer também preciso.

Que o Deus pai soberano
Lhe dê a bênção divina
Sejas tu no seio humano
A estrela que ilumina.

Fazendo-te vencedora
Em tudo que assumir
A virgem consoladora
Tuas carências vai suprir.

Tenha toda paz do mundo
Viva a vida de verdade
Com sentimento profundo
Desejo-te felicidade.

Que Jesus lhe dê também
Toda graça que merecer
Plantando o que for do bem
Bons frutos há de colher.

Sua casa seja um cenário
De bens que se acumula
Um Feliz aniversário
A minha filha caçula.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 19 de outubro de 2014

1.771 - PETRÚQUIO DA CAVERDA E A PRENCISA ESTELITA

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra; 19 10 2014 e música:

Vou narrar neste poema
Um conto sem fazer fita
Que a muito tempo se deu
No Reino de Chamarita
De Petrúquio da Caverna
E a Princesa Estelita

No Reino de Chamarita
Seu rei era poderoso
Dono de grande fortuna
E um castelo magestoso
Um exército bem treinado
E um instinto perigoso.

Pois este rei assombroso
Um homem sem compaixão
Era dono de escravos
O senhor da região
Era sagrado o deus
Na sua religião.

Em toda aquela nação
De gente hospitaleira
Tinha uma jovem bonita
Muito elegante e faceira
A única filha do rei
Sua legítima herdeira.

Em um lugar da fronteira
Naquela rica nação
Tinha um jovem muito pobre
Mas de boa educação
Trabalhava na lavoura
Pra puder ganhar o pão

Ele se chamava então
De Petrúquio da Caverna
Morava com a família
Em uma simples taberna
Ao sopé duma montanha 
Longe da vida moderna.

O Petrúquio da Caverna
Sem um amor verdadeiro
Já com mais de trinta anos
Continuava solteiro
Único defeito que tinha
Era o de não ter dinheiro.

Com espírito aventureiro
Tomou uma decisão
Chamou o seu pai e disse
Dê-me a santa Bênção
Que amanhã tou indo embora
Pra capital da nação.

O seu pai Sebastião
Disse meu filho cuidado
O mundo dá muitas voltas
Estou mui preocupado
Na capital é diferente
Da vida cá no roçado.

Vai com Deus filho amado
Disse sua mãe Cristina
Você tem todo direito
De descobrir sua sina
Também tem a minha Bênção
E a proteção divina.

Quero sair da rotina
Pra ganhar vida melhor
Vou buscar felicidade
Numa cidade maior
Pois se eu ficar aqui
O meu futuro é menor.

Pegou o cavalo melhor
Despediu-se foi embora
Num dia de quarta feira
Bem ao romper da aurora
Foi pra capital do reino
A cidade de Damora.

Chegando lá em Damora
Não encontrou conhecido
Em plena cidade grande
Ele se achou perdido
Alojou-se num abrigo
Lá em um bairro escondido.

Num mundo desconhecido
Mas demonstrando firmeza
Saiu buscando emprego
Na cidade e redondeza
Pois de ser um vencedor
Petrúquio tinha certeza.

Petrúquio leu num jornal
Em seu caderno primeiro
Que no palácio do reino
Precisa-se jardineiro
Que saiba lidar com plantas
Mesmo que seja estrangeiro.

Ele foi ao palácio com
Jornal debaixo do braço
O rei estava no jardim
Petrúquio sem embaraço
Senhor quero este emprego
Deixe o serviço que eu faço.

Ao estender o seu braço
Dom Celestino Primeiro
Com sua cara sisuda
Quem é você forasteiro
Pra ganhar este emprego
Tem que ser bom cavalheiro.

Não sou nenhum estrangeiro
Sou Petrúquio da Caverna
Eu venho lá da fronteira
Criado numa taberna
Venho em missão de paz
Tenho em Deus vida fraterna.

O rei balançou a perna
Você está empregado
Vai ser o meu jardineiro
Mas tenha muito cuidado
Reconheça seus limites
Para não ser castigado.

Petrúquio entusiasmado
Já começou trabalhar
Pegou mangueira e baldes
E foi as plantas aguar
Depois com muita euforia
Foi para o jardim podar.

Trabalhando sem cessar
Uma semana fazia
Quando olhou para janela
Viu com muita simpatia
Uma jovem muito linda
Que assim pra ele dizia.

Moço dê-me a honraria
Quem é você donde veio
Seu nome que faz aqui
Favor não tenha receio
Quero saber a verdade
Não gosto de arrodeio.

Eu não faço arrodeio
Não sou de terra estrangeira
Sou Petrúquio da Caverna
Nascido lá na fronteira
Sou jardineiro do reino
Teu criado moça faceira.

Disse a versão verdadeira
Sou a princesa Estelita
Filha única do rei
Celestino de Chamarita
Ele disse tou encantado
Você é muito bonita.

Disse a princesa Estelita
O meu pai é um perigo
Ninguém aqui gosta dele
O mundo é seu inimigo
Aqui sou prisioneira
Rapaz nenhum fala comigo.

Pra me tirar do castigo
Todos que tentou morreu
Preciso dum homem forte
Para se casar com eu
Você quer fugir comigo?
Petrúquio lhe respondeu.

Estelita disse eu
Quero ser sua mulher
Se me ama de verdade
Vou na hora que quiser
Por você enfrento meu
Pai do jeito que vier.

Você não faz o que quer
Chegou o rei a esbravejar
Pra casar com minha filha
Você vai ter que derrotar
A mim e ao meu exército
Pra puder depois casar.

Sem ter tempo pra pensar
Petrúquio declarou guerra
Disse rei meia tigela
Eu vou te deixar por terra
Estelita disse pro bando
Peguem o rei e desterra.

Sozinho caído por terra
O rei se deu por vencido
Disse Estelita receba
Petrúquio por seu marido
E tome conta do reino
Que por mim está perdido.

Depois de ao rei ter vencido
Petrúquio casou com Estelita
Petrúquio foi ser o rei
Ela a rainha mais bonita
Com eles nunca mais houve
Desordens em Chamarita.

Francisco Erivaldo Pereira Alencar

domingo, 12 de outubro de 2014

1.770 – NO DEUS DONO DA VERDADE.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 12 10 2014 e música:


Por ai há muito gente
Que pensa que é o tal
Acha-se o crente mais crente
Que seu irmão é do mal.

Que é de todos o melhor
E a todos superior
Na verdade é o pior
Dos filhos do Criador.

Acha que pode julgar
Absolver e condenar
Impor sua autoridade.

Acho isto muito feio
Porque eu somente creio
No Deus dono da verdade.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

1.769 – QUER COM DEUS ME ENCONTRAR.

Autor: Erivaldo Alencar.

Letra: 08 10 2014 e música:


Quero me encontrar com Deus
Em qualquer lugar e hora
Falar dos problemas meus
E da dor que me devora.

Preciso da sua ajuda
Só Ele pode me salvar
Rogo ao Deus que me acuda
Não deixe o mal me eliminar.

Eu sei que não te mereço
Senhor mas o que padeço
Não dar mais pra suportar.

Ver minha fragilidade
Com teu amor e bondade
Vou do mal me libertar.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.