sábado, 27 de outubro de 2012

1.562 – SE QUER PAGAR SEUS PECADOS, VENHA VENDER PICOLÉ.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 27 10 2012 e música;


Se pensa que é brincadeira
Cedo pegar um carrinho
Pela rua ou caminho
Subir e descer ladeira
Passar a semana inteira
Indo de frente e de ré
Sem jamais usar má fé
Na pedra e descalvados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

Todo dia saio cedo
Para picolé vender
Vou até o anoitecer
Em ruas que até dá medo
Por todos bairros veredo
Nesta profissão sem fé
Vou até o cabaré
Para ganhar uns trocados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

Vou gritando pela rua
Meu produto oferecendo
Escuto alguém dizendo
Profissão fraca essa sua
É uma verdade crua
Mas não vou perder a fé
Pois eu já sei como é
Somos muitos maltratados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

O carrinho é todo torto
Pneu duro ressecado
Por se encontrar quebrado
Deixa a gente quase morto
Eu vou do aeroporto
Até a Praça da Sé
Sempre andando de pé
Com os pés todos rachados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

Pois temos que trabalhar
Nas horas quentes do dia
Sempre mostrando alegria
Sem direito a reclamar
Sem tempo pra almoçar
Todos sabem como é
Até mesmo o café
Não tomamos sossegados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

Se alguém pergunta o preço
Nós o atendemos bem
Muitas vezes este alguém
Nos trata com desapreço
Até quer nosso endereço                                                                                                                                                                             E nos crucificam até
A gente de má fé
Tem muito nos perturbados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

Nos cobrem de apelidos                                                                                                                                                                            E nos dirigem piadas
Nossas mães são massacradas
E nossos pais ofendidos
Nos chamam de enxeridos
De malucos e agé
Pois alguns pensam até
Que somos desocupados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

Tem gente que pra gozar
Do trabalho do sujeito
Em tudo bota defeito
E começa a bagunçar
Quer picolé sem pagar
E nos chama de Mané
E usando de má fé
Deixa os mesmos revirados
Se quer pagar seus pecados
Venha vender picolé.

Pouca gente dar valor
Ao vendedor de picolé
Pois acha que ele é
Bandoleiro fraudador
Não ver o trabalhador
Que este cidadão é
Que com muita raça e fé
Ver seus direitos negados
Se quer pagas seus pecados
Venha vender picolé.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

1.561 – A CHUVA NÃO CAI NO CHÃO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 24 10 2012 e música;


O sol tá quente demais
No céu não há nevoeiro
O vento varre cascais
Sombra só de juazeiro.

A flora tá desfolhada
A seca a tudo consome
Caatinga desabitada
Gado morrendo de fome.

Sem água no bebedouro
Só com o osso e o couro
Tá morrendo a criação.

Para o nosso desengano
Já está com mais de ano
Que a chuva não cai no chão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

1.560 – CASAL DESUNIDO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 24 10 2012 e música só Quadrão.


Na casa em que há briga
Desrespeito intriga
Que o casal se enfadiga
Não pode haver união
Onde só há falsidade
Não há amor de verdade
Não existe felicidade
Nos oito pés de quadrão.

Pois quando num aposento
Não houver entendimento
Logo o descontentamento
Provoca desunião
Se achando infeliz
Logo o casal se maldiz
Não há como ser feliz
Nos oito pés de quadrão.

A mulher briga de cá
O homem briga de lá
Somente ódio haverá
Em cada um coração.
No casal não há respeito
Quando o amor é desfeito
Separação melhor jeito
Nos oito pés de quadrão.

Mas quando a mulher
Somente faz o que quer
E o homem o que quiser
Querendo ser o machão
Quando ela só pensa nela                                                                                                                                                              O homem sem ligar pra ela
O  casal se desmantela
Nos oito pés de quadrão.

Quando tem ciúmes dela
Sem motivo acusa ela
Quando não pensa mais nela
E ela o rejeita então
Se o casal é desunido
Briga mulher e marido
A vida não tem sentido
Nos oito pés de quadrão.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

domingo, 14 de outubro de 2012

1.559 – PROFISSÃO TÃO HUMILHANTE

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 14 10 2012 e música;


Raríssimas exceções
Eu posso assim dizer
Que respeito ninguém tem
Pra quem trabalha pra viver                                                                                                                                                                    É profissão humilhante
Eu devo reconhecer.

Vendedor de picolé
Que trabalha sem parar
Rua acima rua abaixo
Sem tempo pra descansar
Nas horas quentes do dia
Para o seu pão ganhar.

Sai de casa muito cedo
Para pegar o carrinho
Vai na esperança de
Ganhar um bom dinheirinho
No trabalho só recebe
Abuso invés de carinho.

Só digo isto por que
Conheço a profissão
Sou vendedor de picolé
Passo por humilhação
Chamado de vagabundo
Por gente sem coração.

Gostaria que esta gente
Que gosta de humilhar
Fosse pegar um carrinho
E na rua trabalhar
Pra saber o quanto é bom
Humilhações suportar.

Toda profissão é digna
Já ouvi alguém dizer
Mas tem gente sem escrúpulos
Que humilha com prazer
Não imagina que um dia
Isto poderá fazer.

Quero que esta gente saiba
Que não somos vagabundo
Somos cidadãos comum
Com sentimento profundo
Nosso trabalho é servir
A população do mundo.

Enfrentamos calçamentos
E ruas esburacadas
Ladeiras grandes e pequenas
Às vezes até calçadas
E trânsitos perigosos
Estradas empoeiradas.

Nós não medimos esforços
Pra puder atender bem
Trabalhamos com amor
Sem discriminar ninguém
Somos vistos com maus olhos
E tratados com desdém.

Há pessoas por ai
Que nos tratam com despeito
Comem sem querer pagar
No produto põe defeito
Denigrem nossa imagem
Esquecem nosso direito.

Também vendo picolé
Nas ruas de Acopiara
Não tenho vergonha alguma
Tou sempre com a mesma cara
A todos eu dou respeito
Atendo com atenção rara.

Tem gente que vira as costas
Quando ver os vendedores
Empurrando um carrinho
Pensando ser mal feitores
Somos todos cidadãos
Herois e trabalhadores.

Falo em nome de todos
Vendedor picolezeiro
Que busca ganhar o pão
Neste torrão brasileiro
Servir é nosso dever
Como cidadão ordeiro.

Gostaria que esta gente
Perversa e arrogante
Um dia entrasse em crise
Seria interessante
Também ir trabalhar nesta
Profissão tão humilhante.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar

sábado, 13 de outubro de 2012

1.558 – ISTO É CANTAR MOURÃO, PERGUNTADO E RESPONDIDO.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 13 10 2012 e música;


O que hoje vai fazer?
Vou fazer uma viagem.
O que leva na bagagem?
Alimentos pra comer.
O que leva pra beber?
Um conhaque bem curtido.
Do que está esquecido?
Tá tudo no matulão.
Isto é cantar mourão
Perguntado e respondido.

O que lá tu vais comprar?
Chapéu, roupa e calçado.
Você vai pra qual estado?
Vou pra Goiás passear.
Já conhece este lugar?
Agora que tou resolvido.
Então, vai de enxerido?
Não, eu vou de avião.
Isto é cantar mourão
Perguntado e respondido.

Está levando dinheiro?
Somente o suficiente.
Que está em sua mente?
Viajar o mundo inteiro.
Você vão pro estrangeiro?
Eu já estou decidido.
Tu vais viajar fugido?
Não, eu vou de avião.
Isto é cantar mourão                                                                                                                                                                 Perguntado e respondido.

Tu vais me trazer presente?
Só se eu fosse um louco.
O seu dinheiro é pouco?
Dá pras despezas somente.
Vai levando muita gente?
O violão sustenido.
Você foi advertido?
Pra não lhe dar atenção.
Isto é cantar mourão
Perguntado e respondido.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

1.557 – O DONO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 12 10 2012 e música;


Obrigado Jesus Cristo
Poe mais este dia de vida
Quero tua proteção
Pois a estrada é comprida.

Quero fazer deste dia
Tão grandes renovações
E diante de Deus pai
Fazer minhas orações.

Nestes meus singelos versos
Quero a Jesus louvar
De todo meu coração
Ao Senhor glorificar.

Eu irei cantar bem alto
Louvando ao Senhor Jesus
Que deu a vida por nós
Lá no madeiro da cruz.

Somente o Senhor salva
Disto sou conhecedor
Toda honra e toda glória
Meu salvador e Senhor.

Único filho de Deus
E herdeiro do seu trono
O perdão dos meus pecados
Da minha alma o dono.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

1.556– NÃO HÁ RECUPERAÇÃO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 10 10 2012 E MÚSICA;


Amigos vejam aquele
Homem caído na calçada
Foi cidadão de prestígio
Hoje ele não é nada.

Por causa duma morena
Que amou e quis muito bem
Flagelou seu coração
E a dignidade também.

Sua vida arruinou
Logo que ele descobriu
Que com seu melhor amigo
O seu amor lhe traiu.

Daquele dia por diante
Jamais teve paz na vida
Seu peito foi mutilado
E sua alma foi ferida.

Largou todos os seus pertences
Desprezou a própria vida
Enlouqueceu duma vez
Entregou-se a bebida.

Ele chora sem parar
Sempre chamando por ela
É de cortar coração
Quando fala o nome dela.

Perdeu a noção da vida
E se esqueceu de si
Não vive vegeta a vida
Perambulando por ai.

Só vive de bar em bar
Sua cama é o chão
Sem ela voltar pra ele
Não há recuperação


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

1.555 – TENHO COMPROMISSO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 06 10 2012 e música;


Não adianta insistir
E nem falar abusado
Não queira me convencer
Porque não sou obrigado
Pois abuso eu não tolero
E só voto em quem eu quero
Eu já sou compromissado.

Meu voto não é secreto
É livre e definido
Eu não voto em segredo
Nem também voto escondido
Não tenho medo algum
Voto eu só tenho um
Já está comprometido.

Não venha com arrodeio
Dizer que devo fazer.
Voto espontaneamente
Sem recompensa receber
Voto é igual a ciscos
Não eleição há dois riscos
De ganhar e de perder.

Sou atento as propostas
Feita pelo candidato
Não atento a fantasia
De político insensato
Voto com cidadania
Contra a demagogia
Sem praticar desacato.

O voto é uma arma
Que nos deixa protegido                                                                                                                                                                   Contra político corrupto
Desonesto e bandido
Com perícia e sutileza
Uso em minha defesa
Porque tenho compromisso.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

1.554 – PERDÃO DOS PECADOS.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 05 10 2012 e música;


Ó Deus todo poderoso
Dai-me força e coragem
Pra em seu nome glorioso
Levar atua mensagem.

Que por todos os lugares
Eu leve a paz e amor
Por terra, água e ares.
Eu leve a cura da dor.

Por Jesus de Nazaré
Eu possa levar mais fé
A todos necessitados.

Q’eu leve a misericórdia
A ordem e concórdia
E o perdão dos pecados.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

1.553 – AMEI E NÃO FUI AMADO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 05 10 2012 e música;


Um dia amei um alguém
Que muito me fez sofrer
Invés de me fazer bem
Quase que me fez morrer.

Eu a amei com fulgor
E ela me enganava
Fingia me dar amor
E o tolo acreditava.

Este alguém se coração
Encheu-me de ilusão
De um amor envenenado.

Causou-me tantos martírios
Entre sonhos e delírios
Amei e não fui amado.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

1.552 – ISTO NÃO SE FAZ COM GENTE.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 03 10 2012 e música;


Você não sabe quando doi
A dor de um falso amor
Suporta tamanha dor.
Nem o mais forte heroi

A falsidade que fez
Não existe explicação
Nem mesmo você, talvez.
Sobrevive a traição..

Não há como esquecer
Amor que me fez perder
Sem motivo aparente.

Pois fingir como fingiu
Destruir com destruiu
Isto não se faz com gente


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

1.551 – SINTO RAIVA DE VOCÊ

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 02 10 2012 e música;


Mulher ingrata e fingida
Estou com raiva de você
E não se faça de vítima
Sabe muito bem por que

Você jamais deu motivo
Para te chamar de querida
Pois tudo que você fez
Foi destruir minha vida.

Favor, não me procurar.
Nem bilhete escrever
Nem também telefonar
Para de se oferecer.

Não adianta insistir
Pra ti não vou mais voltar
Toda raiva que me fez
Você vai ter que pagar.

Você pra mim não é nada
Nem merece meu respeito
Pois de agora por diante
Vou lhe tratar com despeito.

Você me deixa nervoso
Simplesmente em te ver
Invés de sentir amor                                                                                                                                                                            Sinto raiva de você.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

1.550 – O SÍTIO QUE EU NASCI VIROU DESERTO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 01 10 2012 e música;

Ai quanta saudade tenho
Do meu tempo de criança
Das coisas boas que passei
Ainda guardo na lembrança.

Da velha casa de taipa
Nem sinais existem mais
Somente o juazeiro                                                                                                                                                                                 Ainda ouve meus ais.  

E o meu pé de cajarana
Tristonho e desfolhado
São os últimos vestígios
Da minha vida no passado.

Os meus pais e os meus avós
Foram pra eternidade
Dos meus tios e padrinhos
Hoje só resta saudade.

Muitas estradas também
Estão no esquecimento
Não há mais o Cavalo Branco
A burra nem o jumento.

O prado também se foi
Cavalos não correm mais
Chiqueiros também se foram
Acabou-se os currais.

Hoje não se ouve mais
O aboio do vaqueiro
Mão tem mais vaca leiteira
E nem touro mandingueiro.

Não se brinca mais de roda
Do trisca nem do pião
Nem as mulheres de hoje
Descascam milho no pilão;

Já não há mais São Gonçalo
Nem a festa de São João
Asa Branca foi embora
Também se foi o carão.

O açude que foi nosso
Sequer posso chegar perto
O sítio que eu nasci
Hoje virou um deserto

Francisco Erivaldo Pereira Alencar.