sexta-feira, 25 de maio de 2012

1.284 – MEU PÉ DE COAÇÚ

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 19 10 2010 e Música; 14 11 2010.


Ainda tenho lembrança
Do meu pé de Coaçú
Na barreira do riacho
Pertinho de um Mulungu.

Do outro lado do riacho
Tinha um pé de juazeiro
No riacho tinha um poço
Com água fria o dia inteiro.

Uma planta centenária
Nascida em plena mata
Aonde alguns passarinhos
Cantavam em serenata.

Naquela planta frondosa
Que sombreava o lugar
Nas horas quentes do dia
Eu ía lá pra descansar.

Por gente sem coração
E a golpes de machado
Foi derrubada no chão
E pelo fogo foi queimada.

Mataram meu coaçú
A sombra se foi com ele
Pois o meu maior desgosto
É lembrar da morte dele.

Hoje lá em seu lugar
Nem cinza existe mais
Outro pé de coaçú
Por lá não nasceu jamais.

Muitas vezes me revolto
Mas nada posso fazer
Igual ao meu coaçú
Muitas plantas vão morrer.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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