domingo, 13 de maio de 2012

1.203 – NÃO ME SINTO REBAIXADO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 25 05 2010 e música; 04 07 2010.

Eu sou um sujeito pobre
É pouco o meu dinheiro
Não dar para comprar tudo
Que preciso o ano inteiro
Nem pra fazer o que gosto
Nisto não sou o primeiro.

Eu tenho feito o possível
Pra ter tudo que eu quero
Exerço vários trabalhos
Ás vezes me desespero
Pra conseguir o que quero
Até o impossível supero.

Pra conseguir o que quero
Eu só não faço roubar
Eu não tomo não assalto
Não levo se não me dar
Eu não pego no alheio
Crime nenhum vou praticar.

Sou poeta escritor
Gosto muito de escrever
Eu tenho uma biblioteca
Eu gosto muito de ler
Livros, jornais e revistas.
Tenho muitos em meu poder.

O meu dinheiro não dar
Pra livros e jornais comprar
Se os encontros nas ruas
Não os deixo de apanhar
Se os acho nos lixões
Tenho prazer de catar.

Pois eu não tenho vergonha
Pegar livros no lixão
Nem jornais no meio da rua
E nem revistas no chão
Nem caixas para guardá-los
Veja minha confissão.

Eu coleciono discos
De cera, vinil e Cd,
Eu também tenho comigo
Fitas de vídeo e DVD
Aparelhos eletrônicos
Pra todos que quiser ver.

Muitos destes objetos
Foram pegos no lixão
Outros no meio da rua
Espalhados pelo chão
Poucos deles eu comprei
Por quase nada então.

Como não tenho dinheiro
Pra o que quero comprar
Eu pego o que jogam fora
Não envergonho de falar
É melhor pegar no lixo
Do que não ter pra usar.

Eu fico aborrecido
Quando vejo no lixão
Um livro inda perfeito
Jogado ali no chão
Poluindo a natureza
Sem menor educação.

Eu sou amante do livro
E gosto de escrever
Sou defensor do jornal
Notícia gosto de ler
Eu sou leitor de revistas
Gosto dos fatos saber.

Caro amigo suplico
Zele bem o seu livrinho
Guarde bem sua revista
Com amor e com carinho
Eles merecem respeito
O livro é seu amiguinho.

Não rasgue nem jogue fora
O seu melhor companheiro
Se dedique à leitura
Seja mais hospitaleiro
Lendo se auto educa
Além de ser bom cavalheiro

Eu dou meu próprio exemplo
Os retirando do lixão
Ler é meu maior lazer
Afirmo de coração
Guardando você evita
Aumentar a poluição.

Sinceramente afirmo
Não me envergonharei
De apanhá-los do lixo
Com carinho guardarei
Não me sinto rebaixado
Catando me realizei.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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