quarta-feira, 9 de maio de 2012

1.168 – TRILHANDO

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 27 04 2010 e música; 24 07 2011


Eu vou trilhando caminhos
Da minha vida na terra
Veredando as montanhas
E as quebradas da serra
Vou ouvindo a distância
A um bezerro que berra.

Pelas veredas da mata
Vou cantando uma canção
Usando chapéu de palhas
Descalço pisando chão
Contemplando as belezas
Que há lá no meu sertão.

Na sombra dum Juazeiro
Eu paro pra descansar
Ponho a cabeça na pedra
Em paz irei descansar
Um vento brando e suave
Meu corpo massagear.

Depois de alguns momentos
De fazer contemplação
Eu me levanto disposto
E tomo outra direção
Eu busco flores e frutos
No meio da vegetação.

Continuarei trilhando
Pelas veredas da mata
Vou ouvindo os passarinhos
Que cantam em serenata
Na correnteza das águas
Vou tomar banho de cascata.

Eu vou respirar ar puro
Perambulando na selva
E muito feliz da vida
Ei vou me deitar na relva
E de papo para o ar
Sentindo cheiro da erva.

Eu irei ver borboletas
A água da terra sugar
E as abelhas silvestres
Favos de mel fabricar
E a brisa fria e sonora
Folhas verdes balançar.

Eu vou pescar no açude
Com tarrafa e landoar
Vou comer pirão de peixes
Do peixe que eu pescar
Depois agradeço a Deus
Por eu a vida gozar.

Depois de um longo dia
Vou parar para descansar
E no alpendre da casa
Minha rede vou armar
Todo que passou no dia
Pros amigos vou contar.

Deitado na minha rede
Em uma noite de luar
Olhar para o céu e ver
Tantas estrelas brilhar
No silêncio da noite ouvir
A Mãe da Lua cantar.

Eu vou me acordar cedo                                                                                                                                                                                                                                         Ao romper da madrugada
Ao nascer dum novo dia
Despertar com a passarada
E cedinho merendar
Rapadura com coalhada.

A minha idade aumenta
Enquanto eu vou sonhando
Dos muitos sonhos que tenho
Poucos vou realizando
Enquanto o tempo passa
Pela vida vou trilhando.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário