terça-feira, 8 de maio de 2012

1.166 – MELECA DE GALINHA

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 23 04 2010 e música; 07 05 2011.


O pobre não vale nada
Vive morrendo de fome
É muito pior que lixo
Que nenhum animal come
É um troço podre que
Sequer merece ter nome.

Pobre não tem vida própria
O pobre vive de teimoso
É mal visto pelos ricos
É faminto e guloso
O pobre não é ninguém
Cretino e tendencioso.

O pobre é todo sem jeito
Nem sequer sabe andar
É produto estragado
Que não dar pra aproveitar
É meleca de galinha
Que ele só vai se melar

O pobre não tem futuro
Pobre só presta pra sofrer
O pobre nunca tem nada
Nem comprar o que comer
O pobre não tem desejo
Vontade e nem querer.

O pouco que o pobre ganha
Só recebe atrasado
Passa por séria exigências
Quando vai comprar fiado
Ele escolhe um objeto
E vem um outro trocado.

Por mais que se arrume
O pobre é conhecido
Se procura seu direito
É tido com atrevido
No meio de gente rica
Não passa de enxerido.

O pobre jamais tem vez
Razão nem cidadania
Faz bem pouco do que gosta
Tem menos do que gostaria
É meleca de galinha
Sem nenhuma serventia


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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