Autor; Erivaldo Alencar.
Letra; 27 03 2010 e música; 01 05 2011.
Reconheço meu lugar
Sou poeta brasileiro
Eu vim do interior
Nasci lá no Comboeiro
Sou filho de cantador
Repentista violeiro.
Nasci me criei na roça
Sou poeta agricultor
Eu vivo do meu trabalho
Na roça eu sou doutor
Orgulho-me do que faço
E faço com muito amor.
Eu gosto de descrever
As coisas do meu sertão
A vida do sertanejo
Que ama o seu rincão
Eu também sou sertanejo
E adoro meu torrão.
Eu não sei cantar repente
Sou poeta escritor
Dom de fazer poesia
Corre no sangue com fervor
No verso sou acadêmico
Na rima sou professor.
Não uso palavreado
Nem verso mirabolante
Tiro versos da cachola
Na escrita sou constante
Na arte da poesia
Não sou mais principiante.
Dom de fazer poesia
É dom divino e sagrado
Esplendoroso autêntico
E por Deus abençoado
Pra se fazer poesia
É preciso ser dotado.
A arte de fazer versos
Foi do meu pai que herdei
Agradeço muito a ele
Por este dom que ganhei
Uma herança divina
Que pra cova levarei.
O meu avô foi poeta
Meu pai poeta também
Sou poeta escritor
Faço versos muito bem
De família de poetas
Um dom que a mim convém.
Através da poesia
Escrevo tudo que quero
As minhas decepções
O que de bom eu espero
As coisas boas da vida
Até o que não tolero.
Eu agradeço a Deus
Por este dom conceder
Por amar a poesia
E versos saber fazer
Por ser um iluminado
Na arte de escrever.
Para fazer poesias
Não precisa ser doutor
Nem padre nem engenheiro
Nem culto nem professor
Basta possuir o dom
Dado pelo criador
Francisco Erivaldo Pereira Alencar.
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