sexta-feira, 4 de maio de 2012

1.143 – PRENÚNCIOS DE UMA SECA.

Autor; Erivaldo Alencar.

Letra; 16 03 2010 e música; 01 05 2011.


A coisa tá muito feia
A chuva não aparece
A terra tá muito seca
O sol muito mais aquece
E sem inverno na terra
Sertanejo desvanece.

Em dezembro não choveu
Choveu pouco em janeiro
Com poucas nuvens no céu
Não pingou em fevereiro
O apelo é pra março
Mês do santo padroeiro.

O mês de março entrou
Também sem chover na terra
Um sol quente abrasador
Queimando baixo e serra
Parecendo que as nuvens
Sem água fazendo guerra.

Até dezesseis de março
De chuva nenhum sinal
As poucas nuvens que tem
Não conduzem mineral
Prenúncios de uma seca
Dão um alerta geral.

S terra esturricada
E os açudes secando
A vegetação no campo
Sem chuva está murchando
A plantação que foi feita
Na seca tá se acabando.

As chuvas foram tão poucas
Que sequer água não fez
Está se aproximando
O dezenove do mês
O inverno com certeza
Não chegará desta vez.

É muito triste seu moço
Quando não chove no chão
Sem água sem alimento
Pra nós e a criação
O desespero inunda
Ao povo do meu sertão

Tudo se torna difícil
Não há pra onde correr
Com o mato desfolhado
O sol parece ferver
Em tempo de seca braba
É grande o nosso sofre,

Parece não termais jeito
A seca tá consumada
Foram-se as esperanças
De ver a terra molhada
Temos apenas três dias
Pra seca ser confirmada.


Francisco Erivaldo Pereira Alencar.

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